Sexo
Como serão as relações sexuais pós-pandemia?

Nacional

A Primavera está no ar e o Verão está a chegar. A rima é completamente casual, mas todos os anos já se sabe que é por esta altura que o amor está no ar.

Seg, 31/05/2021 - 14:20

Menos roupa no corpo, mais calor e mais feromonas – já todos conhecemos a história, não é? Os bares e as discotecas até podem continuar com restrições, mas o Tinder e o Bumble estão ao rubro, com swipes rights que prometem fazer faísca. 

O Verão de 2021 já é verdadeiramente histórico antes de ser sequer. Depois de mais de um ano de pandemia mundial, confinamento, restrições e distanciamento social, convenhamos que apetece celebrar mais do que nos é costume. Será que depois de uma tentativa adiada pela SARS-CoV vamos finalmente entrar nos loucos anos ‘20?

Regresso ao passado: 1920

O paralelismo com os anos ‘20 do Século XX é inevitável. Em 1920, o mundo estava na ressaca da gigante tragédia que foi a Grande Guerra e da terrível pandemia da Gripe Espanhola. Os anos 20 seriam anos de euforia, boémia e celebração.  Charles Chaplin dominava a comédia no cinema e nas artes surgiam o Surrealismo e o Dadaísmo. O jazz inundava os clubes noturnos e a Art Déco teve o seu apogeu.

Os novos loucos anos 20?

Há quem diga que o fim das restrições motivadas pela pandemia da COVID-19 será equivalente a um novo Verão do Amor, como o de São Francisco em 1967. Será assim? Bom, antes de mais convém dizer que o coronavírus não vai desaparecer. A imunidade de grupo até pode chegar com as vacinas, mas teremos que aprender a viver com o microscópico intruso que trocou as voltas a toda a gente no início de 2020.

Não há uma forma de ter sexo completamente seguro neste contexto. O vírus não se transmite tanto através de relações sexuais como pelo ar, mas nem se usar uma máscara durante a relação sexual estará 100% protegido contra a COVID-19. E, verdade seja dita, quem conseguir aguentar manter a máscara durante o sexo devia ganhar um Prémio Nobel da Química. Caso não tenha máscara, evite o contato com a cara do seu parceiro(a) e demore menos de 15 minutos para reduzir o risco de infeção. Parece chato, não é? Parece-nos, contudo, que o esforço vale a pena.

Sex shop: a mão amiga

Para solteiros e casados, as sex shop foram aliados importantes durante este período, ajudando a combater o isolamento e o distanciamento, e combatendo o stress e a ansiedade gerados pelo contexto pandémico que deixou muita gente justificadamente com a moral em baixo.

Aliás, de acordo com a marca de preservativos Control citada em artigo da revista Visão, a procura de sex toys aumentou em 20% durante 2020, enquanto que a venda de preservativos desceu 5.%.

Foi o que se passou na sex shop em Lisboa – Vibrolandia. Segundo fontes próximas da loja, desde março de 2020 as vendas têm vindo a crescer de forma sustentada.

Pedro Correia, CEO e Senior Partner da Vibrolandia em entrevista à EAN, apresentada no blog da sex shop lisboeta, afirmou que em 2020

“o mercado erótico teve a oportunidade de se reinventar, transitar para o online ou reforçar a sua presença neste canal. As redes sociais adultas aumentaram em número de seguidores e oferta, como o Only Fans e conteúdos pagos semelhantes. Os casais em confinamento tiveram de reacender a chama da sua relação, e tudo isto contribuiu para o mercado erótico se manter ativo.”

O empresário referiu também “as pessoas tiveram tempo e oportunidade para pesquisar e informarem-se sobre a forma de como os sex toys podem melhorar a sua vida, seja fazendo parte de um casal ou estando a sós” concluindo que “o facto de não ser seguro ter encontros ocasionais ou de curta duração provocou também uma maior procura de sex toys.”

Na mesma entrevista, Pedro Correia destacou também que os teledildónicos e sugadores de clitóris têm sido dos produtos mais vendidos na sua sex shop. Estes aparelhos podem ser manipulados à distância, pois funcionam através da internet e via bluetoth. É possível que as relações sexuais pós-pandemia passem muito pela combinação de tecnologia com sexo.

Proteja-se

Para terminar, lembre-se que sim, é verdade que os tempos estão auspiciosos para a libertação sexual, mas não é apenas a COVID-19 que está à espreita do mínimo dos descuidos. Por isso, escolha sempre proteger-se contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Use preservativo, proteja-se a si e aos outros.

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