Marta Louro
Pais da jornalista que faleceu em reportagem relatam a dor: “Temos de reaprender a viver”

Nacional

A jornalista Marta Louro faleceu a 27 de abril de 2022, aos 27 anos, em trabalho. Os pais concederam hoje uma entrevista emocionante a Júlia Pinheiro. Saiba tudo.

Qua, 10/05/2023 - 19:00

Marta Louro, jornalista de um canal de televisão, morreu a 27 de abril de 2022, aos 27 anos. Esta quarta-feira, 10 de maio, os pais, Regina e António, abriram o coração a Júlia Pinheiro numa conversa emocionante.

Recorde-se que a repórter deslocava-se de moto para uma reportagem quando foi vítima de um acidente no Eixo Norte-Sul. No Linkedin, Marta Louro dizia ser “uma menina que tinha o sonho de ir à Lua, uma adolescente que queria ser militar, uma jornalista”.

Não foi só a vida da jovem que parou aí, mas também a dos pais com a dor: “O tempo nunca mais voltou a andar”, começam por dizer. Regina surge no vespertino da SIC com o casaco que Marta usava sempre que andava de moto.  António relata que quando lhe ligaram a dar a notícia, se deslocou de imediato para o local e refletiu: “Como é que vou dizer à mãe, ao irmão… isto não é assim tão fácil de gerir. A pessoa está como se estivesse anestesiada, não quer olhar para a realidade. Fiquei sereno como se tudo o que estivesse a acontecer fosse mentira.” E foi aí que os porquês começaram: “Porquê a Marta?”.

A mãe de Marta tratava-a por ‘Adelaidinha’, o irmão por ‘Tata’ e o pai por ‘Pikachu’. Nas últimas mensagens que trocou com a filha, Regina questionou: “O que fazes Adelaidinha?” e obteve resposta”Garcia da Orta. A ir para a Redação, mimi”. Ainda lhe perguntou se tinha corrido tudo bem, mas já não recebeu mensagem de volta. “O tempo piora, a saudade aumenta”, destaca Regina. “É sempre complicado quando perdemos um filho, temos de reaprender a viver”, sublinha António.

O que é certo para ambos é que quanto mais tempo passa, mais dói. Marta ficou com o sonho de ser pivô e com o objetivo de um dia entrevistar o pai que é bombeiro. “Era filha, amiga, irmã, confidente, era tudo nem precisávamos de falar”, rematam.

Veja aqui  parte da conversa:

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais

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