O escândalo no seio da família real espanhola parece não ter fim. Depois do depoimento de Iñaki Urdangarin, genro do rei de Espanha, ter sido adiado de 6 para 25 de fevereiro no processo em que é acusado de corrupção, a procuradoria espanhola apurou que o marido da infanta Cristina e o seu sócio, Diego Torres, receberam indevidamente 5,8 milhões de euros enquanto dirigiam o Instituto Nóos. Este montante é praticamente igual aos recursos que esta organização não-governamental recebeu de organismos públicos espanhóis, no mesmo período.
De acordo com a procuradoria, o esquema de corrupção de Iñaki e Diego Torres era baseado em trabalhos encomendados pelo Nóos a sociedades mercantis, mas estas sociedades pertenciam aos próprios. Apesar de o Instituto Nóos funcionar “aparentemente sem fins lucrativos”, certo é que os lucros eram significativos, já que a Nóos fixava preços “desproporcionais”.
Entretanto, sabe-se também que a infanta Cristina recebeu 72 mil euros da casa real em 2004. Recorde-se que o duque de Palma foi formalmente acusado na semana passada de desvio, fraude, falsificação de documentos e prevaricação no âmbito do chamado Caso Palma Arena.
Texto: Ricardina Batista; Foto: Reuters
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