Homenagem
Corrente pelos profissionais de saúde que lutam contra o covid-19

Nacional

Está agendada para este sábado uma homenagem aos profissionais de saúde, que lutam contra o covid-19

Sáb, 14/03/2020 - 15:44

Está marcada uma homenagem aos profissionais de saúde que neste momento lutam contra o coronavírus. A «corrente de esperança e energia» está agendada para as 22h00 deste sábado, 14 de março, e convida à participação de todos os portugueses.

A VIP reconhece o importante e crucial papel que os profissionais de saúde estão a ter neste momento de preocupação nacional. 

«Hoje, às 22h00, vai haver uma corrente de esperança e energia dedicada a todos os profissionais de saúde que trabalham em todo o país para nos ajudar a ultrapassar este desafio enorme. Às 22h00, venham todos à janela, à varanda, onde puderem, aplaudir os nossos profissionais de saúde», lê-se numa publicação que está a ser amplamente partilhada nas redes sociais.

«Vi o cansaço em rostos que não sabiam o que isso era»

O médico italiano Daniele Macchini que está no centro da pandemia em Itália, país europeu mais afetado pelo coronavírus, no hospital Humanitas Gavazzeni, em Bérgamo, fez um extenso apelo nas redes sociais. O relato foi escrito a 7 de março e pede fortemente que as pessoas se mantenham em casa para conter a propagação do Covid-19.

«Procurarei, portanto, transmitir às pessoas ‘estranhas à profissão’ e mais distantes da nossa realidade, o que estamos a viver em Bérgamo nestes dias de pandemia do Covid-19», começa por dizer. «Ainda ouço que há quem se esteja a borrifar para as recomendações e pessoas que se queixam de que já não podem ir ao ginásio nem fazer torneios de vibrante futebol», escreve, dizendo compreender o «prejuízo económico».

Daniele Macchini alerta para o facto de a população idosa ser a mais suscetível ao vírus. «As enfermarias que antes pareciam fantasmas estão agora saturadas, prontas a procurar dar o melhor pelos doentes, mas exaustas. O pessoal está esgotado. Vi o cansaço em rostos que não sabiam o que isso era, não obstante as cargas de trabalho já massacrantes que tinham. Vi as pessoas permanecerem além do horário que já lhes fora destinado, fazendo horas extraordinárias que eram agora habituais», desabafa.

 

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Texto: Ana Filipe Silveira; Foto: Josef Lee 

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