Neste que é o dia do Halloween e que entram em destaque os filmes e as séries de terror, a VIP esteve à conversa com o Dr. Alberto Lopes, Neuropsicólogo sobre o medo.
“Assistir a filmes e séries de terror de forma segura ajuda-nos a lidar com emoções intensas. É como se fosse uma espécie de terapia da exposição. Quando nos expomos intencionalmente ao medo num ambiente controlado, criamos resiliência emocional e desenvolvemos estratégias para enfrentarmos os perigos do dia a dia. É como se estivéssemos a treinar o cérebro para lidar com situações de máxima tensão.
Sentimos uma descarga de adrenalina na corrente sanguínea e depois entra em ação o cortisol, que tem uma função positiva se não for excesso. É, por exemplo, um importante antioxidante que ajuda a inibir a dor.
O nosso batimento cardíaco aumenta e mandamos mais oxigénio para o cérebro, o que faz com que nos sintamos “mais vivos”. Quando este efeito passa, o nosso corpo descarga a dopamina, que é quase como uma recompensa por percebermos que o perigo já passou. O sistema neurológico diz que podemos descansar e sentimo-nos mais relaxados.
Pessoas extremamente sensíveis também devem evitar este género do cinema. Aqueles que têm um historial de abandono na vida não os devem ver. Se o fizerem, as emoções mais profundas que podiam estar esquecidas são empurradas para cima, quase como se fosse um vulcão. Há traumas de infância que podem ser acionados desta forma. Caso não o faça, o resultado será catastrófico, podendo mesmo levar a ataques de pânico.
Neste momento, a maioria das pessoas são viciadas em estímulos intensos. Quando fazemos uma raspadinha, por exemplo, sentimos aquele receio de não ganhar nada. Quando recebemos um prémio, é despertada aquela dose de adrenalina que também faz com que queiramos comprar outra. Acontece, tal como nos filmes de terror, uma descarga de dopamina.
Em suma, estas produções acarretam benefícios e desvantagens, porque a nossa psique é complexa e varia de caso para caso. O estímulo do sistema de luta ou fuga pode ser bom, mas em casos excessivos também será um problema.”
Fotos:D.R.
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