A RTP está a ser acusada de assédio moral e pressão por parte de alguns jornalistas. Depois de ter denunciado o assédio moral que levou à demissão de Luís Vigário – que fazia parte da equipa do programa “Sexta às 9”, entretanto cancelado devido à saída de Sandra Felgueiras da estação pública, que também fez várias queixas ao canal – a Comissão de Trabalhadores (CT) revela agora que o número de queixas aumentou.
De acordo com um jornal diário, a CT acredita que se abriu “a caixa de Pandora” e que poderão surgir mais denúncias, pois há muitos profissionais da RTP “que continuam a calar-se, a sofrer em silêncio e a recear retaliações”, lê-se num comunicado.
O mesmo documento, revelado pelo Correio da Manhã, denuncia que a Direção de Informação da RTP, liderada por António José Teixeira, justificou o despedimento de Luís Vigário com “a objeção deste em trabalhar fora do horário previsto”, quando o jornalista teria um contrato “sem quaisquer limitações de horário” e que “tanto podia trabalhar três horas como catorze”. Sobre esta matéria, a CT refere que “a ficção do trabalho sem horário é uma hipocrisia”, fala em “esclavagismo chic”, em “Selva de Chelas”, onde imperam “as leis dos mais fortes” e acusa ainda a RTP de “cara de pau” quando a própria estação tem “telhados de vidro” e coloca em antena progframas dedicados ao assédio sexual.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Arquivo Impala
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