Valentina
Madrasta vestiu pijama à menina já depois de morta

Nacional

Valentina foi torturada pelo pai até à morte. Márcia, a madrasta, assistiu a tudo e ajudou a esconder o corpo

Qui, 14/05/2020 - 12:00

Márcia Bernardo vestiu Valentina depois da menina estar morta, escreve o Correio da Manhã. A criança estava embrulhada numa manta no sofá quando Márcia combinou com Sandro que deviam desfazer-se do corpo. Segundo a mesma publicação, foi a madrasta que preparou a roupa para vestir Valentina.

Márcia usou um pijama, um casaco e calçou-lhe uns chinelos. Depois, usou esses elementos para dar pormenores às autoridades. O pai e a madrasta de Valentina sabiam mesmo o que a menina tinha vestido quando desapareceu de casa, algo que não seria possível se esta tivesse fugido.

Foi também a madrasta quem conduziu o carro onde foi transportada a menina. O pai levou-a ao colo e deitou-a no banco de trás do veículo. Depois, transportou Valentina morta nos braços enquanto Márcia conduziu em direção à serra para uma zona que não tivesse iluminação.

Sandro e Márcia não imaginavam o que se seguia. Pensaram que se dissessem que Valentina tinha fugido, levaria a que todos pensassem que a menina fosse regressar. Ficaram assustados com a dimensão das buscas e foi o pai o primeiro a trair o pacto de silêncio. Sandro perguntava às autoridades onde estavam a procurar Valentina, mostrando-se mais interessado na localização das buscas do que se havia pistas e novidades sobre a filha.

Segundo o Correio da Manhã, as provas entregues pela investigação ao juiz de Leiria foram consideradas fortes. O magistrado validou as provas e imputou os crimes de homicídio qualificado ao pai e  também homicídio qualificado, mas com dolo eventual e na forma de omissão à madrasta. O casal responde ainda por ocultação e profanação de cadáver. Sandro responde também pelo crime de violência doméstica por ter agredido Valentina uma semana antes do crime.

Valentina foi dada como desaparecida na quinta-feira de manhã, depois de uma denúncia do pai no posto da GNR de Peniche. As buscas contaram com o envolvimento de “mais de 600 elementos ativos, numa área percorrida de sensivelmente quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais”, referiu o comandante da GNR de Caldas da Rainha, Diogo Morgado, numa conferência de imprensa, no domingo.

Entre estes elementos estiveram as valências do destacamento de Intervenção de Leiria e o grupo de intervenção cinotécnico (com cães treinados), de Lisboa, e a equipa de aeronaves remotamente pilotadas da GNR, a PSP, bombeiros, escuteiros e vários civis.

Texto: Joana Ferreira

 

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