Tozé Martinho
Dor e emoção no velório do ator e argumentista

Nacional

O adeus a Tozé Martinho. O corpo do ator e argumentista está a ser velado, esta segunda-feira, na Igreja da Ressurreição, em Cascais

Seg, 17/02/2020 - 17:23

O velório de Tozé Martinho decorre esta tarde, dia 17 de fevereiro. É o adeus a um dos primeiros galãs das telenovelas portuguesas.  Pela Igreja da Ressurreição, em Cascais, já passaram José Carlos Pereira, Ana Brito e Cunha, Helena Laureano e António Parente, presidente do conselho de administração da produtora SP Televisão,

Tozé Martinho morreu, este domingo, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória. Tinha 72 anos e deixa dois filhos. Tozé Martinho estava a recuperar de uma cirurgia delicada, feita em novembro do ano passado, na sequência de uma aparatosa queda, que lhe provocou uma fratura do colo do fémur. Dois anos antes, tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), do qual nunca recuperou a cem por cento.

Segundo uma fonte da família, Tozé Martinho sentiu-se mal no decorrer do domingo. Foi transportado para o Hospital de Cascais, onde acabou por ser declarado o óbito.
 O funeral, ainda sem hora definida, está marcado para terça-feira, no Cemitério Municipal da Guia.

Um dos primeiros galãs das telenovelas portuguesas

Tozé Martinho participou na primeira novela, Vila Faia, no longínquo ano de 1982, quando a RTP, então a única estação da televisão, já mostrava o nosso País a cores.

Com uma longa carreira em teatro e televisão, o ator e argumentista estava afastado do pequeno ecrã desde 2012, quando assinou a história da novela da TVI Louco Amor, de cujo elenco também fez parte. Naquele canal, foi ainda o autor das novelas Todo o Tempo do Mundo, Olhos de Água, Amanhecer, Dei-te Quase Tudo, A Outra e Sentimentos. Dei-te Quase Tudo, protagonizada por Vera Kolodzig e Pedro Granger, em 2006, mantém-se como a novela mais vista de sempre na televisão portuguesa.

«Uma longa carreira inspirou os guionistas nacionais»

Em comunicado, a estação de Queluz de Baixo recorda Tozé Martinho como um homem «pioneiro da indústria das novelas portuguesas», cuja «longa carreira inspirou os guionistas nacionais», «abrindo portas para uma atividade que hoje mobiliza centenas de pessoas».

«Ator, além de autor, tornou-se numa figura familiar que deixa saudades a todos com quem se cruzou durante décadas», salienta ainda a TVI, que termina endereçando à família de Tozé Martinho «sentidas condolências». E recorda uma das frases mais marcantes do argumentista: «A história de uma novela conta-se numa caixa de fósforos».

Texto: Dúlio Silva; Fotografias: Paula Alveno
 

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