O testemunho de uma mulher que diz assumir, orgulhosamente, o avanço da idade:
Precisava muito de renovar o meu stock de fotos. O meu livro estava prestes a ficar pronto e os meus textos publicados também pediam fotos mais atuais para colocar ao lado da minha descrição como autora.
Uma amiga querida prontificou-se a tirar as fotografias e fizemo-las numa tarde descontraída, regada a boas risadas.
Quando, dias mais tarde, ela encaminhou as fotos para aprovação, fiquei um pouco chocada com as rugas que estavam ao redor dos meus olhos. Nada gritante, mas perfeitamente aparente.
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Aos 46 anos, não podia ter a pretensão de uma pele lisa e luminosa. Não sou artista de televisão. Sou uma mulher comum, que trabalha o dia todo dentro de um escritório e que se desdobra para dar conta não só do trabalho, mas também da casa, das filhas e do casamento. E, claro, dos meus textos, a minha terapia da alma.
Ainda assim, como as tais ruguinhas me incomodaram, pedi à minha amiga que se valesse da tecnologia para “suavizar” as linhas de expressão do meu rosto. Horas depois recebo as fotos retocadas… Não, aquela não era eu.
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