O mito de que o homem tem um interesse muito maior por sexo do que a mulher é quase tão velho como o próprio homem. Felizmente, nos últimos anos, com o evoluir de mentalidades, essa teoria está a ser desconstruída. A ciência tem também tido um papel importante. Com um cada vez maior número de estudos que se debruçam sobre temas envolvendo a sexualidade. É o exemplo de um estudo alemão sobre sonhos eróticos, que foi publicado na revista científica Psychology & Sexuality. Segundo este as mulheres com idades entre os 16 e os 30 anos têm três vezes mais sonhos eróticos do que o registado há 50 anos. Realizado por investigadores da Universidade de Friburgo, este trabalho académico tem a “ousadia”, cada vez mais atual, de colocar as mulheres em igualdade com os homens.
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Trabalhos semelhantes, realizados em tempos anteriores, mostram resultados bastante diferentes. Um estudo realizado em 1966 e outro em 1994 indicavam que apenas 4 por cento das mulheres admitiam ter sonhos eróticos. O que mudou? Os cientistas explicam que hoje em dias as mulheres têm uma probabilidade maior de se lembrarem daquilo com que sonharam porque já não existe um sentimento de vergonha associado.
Sonhos eróticos nas mulheres triplicaram nos últimos 50 anos
Este estudo alemão juntou 2,907 homens e mulheres com idades entre os 16 e os 92 anos. Apurou a frequência com que as pessoas têm sonhos eróticos. Surpreendentemente (ou não), chegou-se à conclusão que não existe uma diferença assinalável entre homens e mulheres. Deitando por terra, assim, o mito de que os homens têm um interesse maior por sexo do que as mulheres.
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Ambos os géneros disseram que cerca de 18% dos sonhos eram de natureza sexual. Além disso, os homens com idades entre os 16 e os 30 afirmaram que 25% dos seus sonhos envolviam elementos sexuais. Nas mulheres, na mesma faixa etária, a percentagem é muito próxima: 22%. O que dá ainda mais força à conclusão principal a retirar deste estudo. “Pode-se especular que as jovens mulheres na sociedade moderna lidam com a sexualidade de forma mais aberta que as mulheres mais velhas de outras gerações”, escrevem os autores do estudo.
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