Leona Cavalli
“Sempre acreditei no sonho de ser atriz”

Famosos

Atriz, 42 anos, fala do êxito da Zarolha em Gabriela e conta a sua luta pela carreira que escolheu aos seis anos

Sex, 02/11/2012 - 0:00

 Sucesso de público e crítica por conta da sensual Zarolha – a prostituta do Bataclã da
novela Gabriela, Leona Cavalli, de 42 anos, arrebata corações e torce para que a prostituta tenha também o seu final feliz.

VIP – Gabriela faz um grande sucesso em Portugal. Sabia?
Eu adoro Portugal. Fico muito feliz por a novela fazer sucesso em Portugal. Uma das grandes contribuições do Brasil para o mundo é a “teledramaturgia”.

Zarolha acabou por regressar no enredo. Sabia que isso ia acontecer?
A Zarolha é um papel que me dá muito prazer de fazer. Desde o início, eu senti que a personagem seria especial. Assim que começou, muita gente dizia que ela deveria terminar com o Nacib. O engraçado é que mesmo as pessoas que já tinham lido ou visto a primeira novela me falavam disso.

Leu a obra de Jorge Amado, Gabriela, Cravo e Canela?
Já tinha lido. Sou fã dele por ter conseguido colocar tanto do Brasil na sua literatura. Quando eu era criança tive um encontro com o Jorge Amado. Fui com meus pais a Ilhéus e encontrei-o lá. Tenho uma foto no colo dele.

Aos 42 anos, qual é o segredo para manter as medidas no lugar?
Sou vegetariana há mais de dez anos e nunca fico parada. Gosto de intercalar exercícios como pilates e dança.

De onde veio a vontade de estudar, de investir no sonho de ser tornar atriz?
Estou ligada à dramaturgia desde os meus seis anos, quando fiz a minha primeira peça na escola, na cidade onde nasci, em Rosário do Sul, no Rio Grande do Sul. O desafio foi maior porque na minha cidade não havia uma atriz. Fiquei apaixonada pela arte de interpretar e fui fazer o curso de Artes Cénicas, em Porto Alegre. Depois mudei-me para São Paulo, onde conheci pessoas que foram importantes para mim, como o Paulo Autran. Consegui tudo sozinha na minha carreira e batalhei muito para chegar até aqui.

Seus pais viram com bom bons olhos a escolha de ser atriz?
Os meus pais demoraram a aceitar a minha profissão. O meu pai era advogado, político e não tinha nada a haver com dramaturgia. Eles ajudaram-me muito no início da minha carreira, quando eu ainda não conseguia manter-me com atriz. Hoje, o meu pai tem orgulho na minha profissão.
Não teve medo de trocar a segurança da casa dos seus pais por Porto Alegre e, depois, São Paulo?
Quando fui morar para Porto Alegre, com apenas 15 anos, a adaptação foi difícil. Aos 20 já estava em São Paulo. Foi muito complicada a solidão numa cidade em que eu não conhecia ninguém. Tinha deixado a família, amigos, namorado, tudo para trás. Tive mesmo de abrir mão do sonho de casar porque ele não queria mudar-se para São Paulo. Mas tudo vale a pena na vida.

Hoje, de que forma analisa a sua trajetória de vida?
A minha primeira novela foi Começar de Novo. Tudo o que fiz no teatro e no cinema tem sido com muita coragem, determinação e fé no ser humano. Sempre acreditei no meu sonho de ser atriz e hoje estou aqui.

Texto: Marcio Gomes; Fotos: Divulgação Playboy/ TV Globo

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