Sandra Felgueiras sobre o documentário de Maddie McCann
«Eu fui enganada»

Nacional

A jornalista Sandra Felgueiras esteve esta quinta-feira, 28 de março, no programa 5 Para A Meia-Noite, da RTP, e falou acerca do documentário da Netflix ‘O Desaparecimento de Madeleine McCann’

Sex, 29/03/2019 - 12:40

O documentário da Netflix ‘O Desaparecimento de Madeleine McCann’ foi lançado há duas semanas. A jornalista Sandra Felgueiras, uma das protagonistas, revela que se sentiu «desconfortável» quando viu a série.

«Fui ver várias vezes porque a primeira vez fiquei desconfortável, a segunda percebi melhor e a terceira encaixei», começa por dizer no programa 5 Para a Meia-Noite, da RTP, esta quinta-feira, 28 de março, explicando depois as razões de tal desconforto.

«Não sei se para as pessoas que não acompanharam o caso como eu, que vivi aquilo intensamente, se percebeu efectivamente o que eu quis dizer. Eu quis dizer uma coisa muito simples», explica, referindo-se ao facto de não só ter revelado que uma das suas fontes era o então inspetor da Polícia Judiciária Gonçalo Amaral mas também que este lhe tinha mentido.

«Um jornalista não revela as suas fontes. Só tive necessidade de falar sobre o Gonçalo Amaral por uma razão concreta e perigosa. Eu fui enganada. Foi-me contado que a amostra de sangue encontrada no carro e na sala dos McCann correspondia a Madeleine», recorda Sandra Felgueiras.

A jornalista e rosto do programa de investigação Sexta às 9 admite ainda que receou que a opinião pública ficasse com uma impressão negativa sobre o seu testemunho no documentário da Netflix.

«Fiquei desconfortável porque pensei que as pessoas iam achar ‘a Sandra Felgueiras é uma idiota pegada que revela fontes’. Não, eu não sou uma idiota pegada e, segundo, eu não revelo as minhas fontes. Mas eu tenho um principio muito claro na minha cabeça. Há um artigo no código deontoloógico que diz que nos devemos dizer a verdade sempre que nos sentimos enganados por uma fonte. E foi isso que aconteceu».

Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007 na Praia da Luz, Algarve.

Leia mais sobre o documentário aqui.

Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais | Fotos: RTP e Arquivo Impala

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