Lúcia Custódio
“Rotular-me como sex symbol seria um pouco injusto”, diz LÚCIA CUSTÓDIO

Famosos

É modelo e uma das assistentes do programa O Preço Certo, da RTP, mas diz que o mundo da pintura e das artes é que a fascina
Foi aos 17 anos que Lúcia Custódio, hoje uma das assistentes do programa O Preço Certo, da RTP, in-
gressou no mundo da moda. Mas por detrás de uma cara bonita esconde-se uma mulher com gostos mais requintados: a paixão pela arte e pintura.

Qui, 07/04/2011 - 23:00

 Foi aos 17 anos que Lúcia Custódio, hoje uma das assistentes do programa O Preço Certo, da RTP, ingressou no mundo da moda. Mas por detrás de uma cara bonita esconde-se uma mulher com gostos mais requintados: a paixão pela arte e pintura. "Desde o infantário que tenho essa destreza manual", diz a jovem de 24 anos, que já expôs alguns dos seus trabalhos criativos.

VIP – Como tem sido a experiência de trabalhar como assistente do programa O Preço Certo, da RTP?
Lúcia Custódio – Tenho crescido muito. Os últimos dois anos foram como se fossem dez. Para além de evoluir profissionalmente, evoluí também enquanto pessoa.
De que forma é que o programa tem contribuído para o seu crescimento?
Antes não tinha noção de um contacto com o público e com um sistema de programa como o do Preço Certo em directo. Em termos pessoais também se cresce, ganha-se maturidade e responsabilidade. É bom trabalhar com o Fernando Mendes, estamos a trabalhar e a rir ao mesmo tempo.
Já fez alguns trabalhos enquanto actriz. O que prefere? De certo modo como assistente no programa está mais limitada…
Estou, porque não tenho nenhum guião para estudar ou texto para desenvolver, mas estou lá e tenho de ter uma postura de programa. São duas coisas completamente diferentes. Para além disto, o que eu gosto mesmo é de pintura e artes.
De onde vem essa paixão?
Desde o infantário que tenho essa destreza manual. Tive uma madrinha que pintava muito bem quadros a óleo e o meu pai também tem um jeitinho especial. Não sei se fui influenciada por eles… talvez pelo meu pai, que sempre fez trabalhos manuais comigo e com o meu irmão, que está na área do designe gráfico, e fui apurando o gosto.
O que gosta de pintar?
Depende daquilo que me apetecer fazer. Já pintei quadros a óleo e foto-realismos de rostos, trabalhos criativos a pastel e acrílicos, colagens, montagens, tridimensionais, carvão… é um universo vasto que já explorei e pretendo continuar, pois gosto de tudo.
Já expôs algum dos seus quadros?
Até ao final do mês de Fevereiro esteve uma exposição no Picoas Plaza, chamada Lisboa Nua, onde estavam trabalhos meus. Eram retratos de modelo nu a carvão e outros materiais, trabalhos de ilustração e fotomontagem. Nessa mesma exposição estavam trabalhos de outros artistas e alunos do IADE.
Trabalha em moda há alguns anos, já representou, tendo começado nos Morangos com Açúcar, e feito algumas participações especiais em novelas, está como assistente no Preço Certo… Afinal o que deseja em termos profissionais?
Essa é uma boa pergunta: saber exactamente o que desejo, porque nem eu sei ao certo. Há um conjunto de coisas que eu gosto como as artes. Gosto do que faço e também de representar e quero continuar a fazer moda enquanto o corpo der. Mas o que é que eu gosto mesmo? Não sei… gosto de muitas coisas. O que vou fazer não sei.
Quando era criança o que sonhava ser?
Queria ser cirurgiã ou veterinária. Hoje não o sou porque acho que era incapaz de estar a ver um animal a sofrer à minha frente, o meu lado emocional ia falar mais alto.
Como ingressou nesta área profissional ligada à moda?
Foi aos 17 anos. Gostava muito de fotografia e um fotógrafo amigo tirou-me algumas fotos e fez-me o favor de enviar para a Elsa Gervásio, que na altura estava à procura de novas caras para a Just Models.
Nessa altura deveria estar a estudar. Como conciliava os estudos com as vindas de Setúbal a Lisboa?
Com essa idade ainda não tinha carta de condução. Ia e vinha de comboio ou de autocarro, depois apanhava outro transporte, táxis para os trabalhos… tentava ajustar as coisas. O importante é querer, porque facilmente se arranja maneira de conciliar.
Agora mora em permanência em Lisboa. Como foi ter saído de casa pela primeira vez?
Foi uma ansiedade, mas foi necessário, porque eu estava a estudar em Lisboa e o que fazia sentido era alugar um quarto.
De certo modo estava ansiosa por esse momento?
Sim, foi um gostinho. Foi uma decisão tomada em conjunto com os meus pais. Na altura tinha 19 anos.
Gosta de ser independente?
Adoro! Acima de tudo gosto da palavra liberdade, pois podemos olhar para nós mesmos e criar os nossos objectivos.
Dentro desta liberdade o que faz, além do que já conhecemos?
Eu adoro animais. Não faço voluntariado, mas desde pequenina que já salvei vários. Não consigo ficar indiferente e levo-os para casa até arranjar um dono, como é o caso do Bob Marley. É um cão que encontrei com o fémur partido, necessitou de vários tratamentos e ficou dois meses em casa. Agora está óptimo.
E tem quantos animais?
Cinco cães e um gato. Todos eles com uma história linda, não foram comprados.
Como encontrou o seu primeiro cão?
Posso falar no Mickey, não foi o primeiro, mas eu era uma miúda e estava em casa com uma amiga. Quando saímos, ouvi qualquer coisa e fui à parte de trás do prédio e estava lá o Mickey embrulhado num saco de plástico à chuva e ao vento. Tinha sido maltratado, gania muito e quando me viu nem conseguiu fugir. Com cuidado agarrei-o e levei-o até à casa dos meus pais. Acabou por lá ficar.
Mudando um pouco de assunto. Um dos seus trabalhos mais conhecidos foi ter posado para uma revista masculina. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência não vou dizer normal ou igual a tantas outras porque requer uma atenção diferente. Encarei como um trabalho que tinha de ser feito de uma determinada maneira para ir ao encontro dos objectivos.
O facto de serem fotos ousadas que iam ser vistas por milhares de pessoas não a deixaram desconfortável?
Não, porque é o meu trabalho, que faço desde os 17 anos, para além de ter sido uma produção muito bem vista e cuidada. Apesar do meu corpo estar exposto, eu estava segura da imagem que vinha cá para fora.
É uma imagem um pouco de sex symbol. É isso que pretende projectar?
Não de sex symbol, isso foi um trabalho. Claro que essa palavra vai pairar na cabeça de muita gente, é inevitável, mas à parte disso sou uma pessoa como todas as outras. Rotular-me só como sex symbol seria pouco, injusto, não seria sensato de todo.

Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Luís Baltazar; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelo: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel

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