Rosa Grilo e António Joaquim
Ministério Público não pede pena máxima

Nacional

As alegações finais decorreram esta terça-feira, dia 26 de novembro, no tribunal de Loures. A sentença só será conhecida no próximo ano, no dia 10 de janeiro, às 14 horas.

Ter, 26/11/2019 - 20:50

O Ministério Público (MP) pediu, pelo menos, 20 anos e seis meses de prisão para Rosa Grilo e António Joaquim, acusados da morte de Luís Grilo, marido da arguida. As alegações finais decorreram esta terça-feira, dia 26 de novembro, no tribunal de Loures. A sentença só será conhecida no próximo ano, no dia 10 de janeiro, às 14 horas.

O procurador do MP, Raul Farias, refere que os arguidos «planearam, delinearam e executaram um plano com vista a matar a vítima». Não foi pedida a pena máxima, uma vez que Rosa Grilo e António Joaquim «não têm antecedentes criminais» e o crime «não foi especialmente violento», dado que a vítima teve morte imediata.

«O senhor António só está aqui por causa das declarações da senhora Rosa. É a Rosa que põe a arma do local do crime», afirma Raul Freitas, alegando que não existem provas testemunhais nem periciais contra o arguido. O MP defende que «António Joaquim terá disparado a arma» e justifica esta tese com base nas declarações da viúva no momento da detenção.

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«Não há nada que pague a morte do meu marido»

Rosa Grilo prestou declarações antes das alegações finais, que decorreram na próxima terça-feira, 26 de novembro, no Tribunal de Loures. Durante a 11ª sessão do julgamento, que decorreu no dia 19 de novembro, no Tribunal de Loures, a viúva de Luís Grilo afirmou estar inocente do homicídio do triatleta, crime pelo qual está a ser julgada. 

Durante mais de três horas, Rosa Grilo, acusada de matar o marido em conluio com o amante, António Joaquim, afirmou a sua inocência, acusou a Polícia Judiciária e falou no filho, Renato. Ao longo do seu depoimento, apresentou algumas incoerências no seu discurso, questionadas pela juíza e pelo procurador do Ministério Público.

«Gostava só de dizer que o meu filho é a minha vida e que nunca faria nada que o magoasse», começou por dizer, segurando na mão um caderno preto, onde tinha anotado o seu discurso. «Carrego uma culpa enorme por não ter dito à família do Luís que sabia que ele estava morto.» 

A arguida alega que o marido foi morto por três indivíduos, em casa, à sua frente. Terão sido também os responsáveis pela ocultação do cadáver, encontrado meses depois em Benavila.

 

Texto: Jéssica dos Santos, Fotos: Redes Sociais

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