Ricardo Araújo Pereira
A história que envolve a avó e batatas fritas que deixa qualquer um emocionado

Nacional

Ricardo Araújo Pereira esteve à conversa com Daniel Oliveira no programa Alta Definição, da SIC, e deixou tudo e todos com a lágrima no olho ao falar da avó.

Sáb, 24/02/2024 - 15:00

Ricardo Araújo Pereira [RAP] foi o convidado de Daniel Oliveira no programa Alta Definição, da SIC.

O arranque da conversa com o apresentador foi uma homenagem à «pessoa mais importante» da vida do humorista: a avó. RAP deixou-se levar pela emoção e explicou que esta foi «decisiva» na sua vida. « Tudo o que eu faço é por causa dela. A sombra da morte estava sempre presente lá em casa porque ela estava sempre vestida de preto. Ficou viúva muito cedo. O ambiente era bastante carregado e claro que para mim, um miúdo, a ideia de fazer rir a pessoa mais importante da minha vida era muito atraente», recordou.

«O riso é muitas coisas e não é necessariamente alegria, mas para um miúdo, parece. A ideia de lhe poder dar um instante de alegria era uma coisa que eu levava muito a sério»

«Nunca mais vamos ter amor daquele»

Ricardo, de 45 anos, garante que se lava «avanço à generalidade das pessoas relativamente à capacidade de fazer rir outra pessoa» é porque, em criança, se dedicou de corpo e alma à avó. «Desperdicei a infância a tentar fazer rir uma velhota enquanto tu estavas a jogar à bola ou xadrez», disse a Daniel Oliveira.

«Não sei qual é a tua experiência com avós, mas… os avós… nunca mais vamos ter amor daquele. Eles amam de uma maneira especial porque têm tempo, experiência, disponibilidade», acrescentou, deixando o apresentador com lágrimas nos olhos. De facto, o também Diretor de Programas da SIC foi criado pelos avós maternos.

«Sempre que como batatas estaladiças, percebo que essa pessoa [que as fez] não me ama»

Uma das histórias que derreteu Daniel Oliveira foi a analogia que RAP fez entre os almoços da sua infância, pelo menos até aos 12 anos, e esse amor que os avós conseguem dar aos netos de forma inigualável.

«Os velhotes almoçam cedo e a minha avó não queria que me faltasse nada. Se o almoço era as 12h30, às 11h00 ela já tinha tudo pronto», lembra, exemplificando com uma refeição de «bife com batatas fritas». «A minha avó fritava as batatas às 11h00 e punha-as num prato com a tampa da panela em cima (…). As batatas ficam moles», prossegue.

«Eu nunca comi batatas estaladiças na vida porque estavam prontas hora e meia antes do almoço. Agora, sempre que como batatas estaladiças, percebo que essa pessoa [que as fez] não me ama, porque ela arriscou a que as batatas não estivessem prontas na hora de comer. Eu gosto de batatas moles», terminou.

 

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: SIC

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