Rainha Isabel II
Último adeus à monarca carregado de simbolismo e pesar

Realeza

O funeral da Rainha Isabel II começou esta manhã, 19 de setembro,11 dias após a morte da monarca. A cerimónia conta com a presença do maior número de líderes mundiais de que há memória, entre eles, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Seg, 19/09/2022 - 13:20

O funeral da Rainha Isabel II começou hoje de manhã, 19 de setembro, 11 dias após a morte da monarca. Às 08h00 em ponto, pontualidade britânica, o Reino Unido cumpriu um minuto de silêncio, em homenagem à rainha. O cortejo fúnebre começou às 10h45, no qual o caixão da monarca foi transportado numa carruagem de artilharia com 123 anos e escoltada por 142 oficiais. O cortejo militar foi liderado pelo filho, o rei Carlos III.

O corpo da rainha de 96 anos entrou na Abadia de Westminster, em Londres, onde se casou e foi coroada, com cerca de 2 mil pessoas a observar. Atrás do caixão, seguiu o rei, Carlos III, e de seguida os outros filhos e netos da Rainha. A cerimónia religiosa foi contida, não existindo manifestações exteriores de muito sofrimento para resguardar os príncipes mais novos. Contudo, a presença dos mesmos demonstra uma família unida, preparada deste sempre para servir a pátria.

Marcelo Rebelo de Sousa presta última homenagem à Rainha

O funeral da Governadora Suprema da Igreja Inglesa é o primeiro funeral de Estado desde o do antigo primeiro-ministro Winston Churchill. Este momento, carregado de simbolismo e pesar, iniciou-se com 96 toques (um a cada minuto, para assinalar cada ano de vida da Rainha) de um dos sinos da abadia. O funeral conta com a presença do maior número de líderes mundiais de que há memória, nas últimas décadas, entre eles, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois de serem cumpridos dois minutos de silêncio, o caixão será transportado pelas ruas da capital até Wellington Arch, perto de Hyde Park e do Palácio de Buckingham. Só depois seguirá para o castelo de Windsor, para nova procissão até à capela de São Jorge. Aí será realizada uma missa privada para a Rainha ser, por fim, sepultada, ao lado do túmulo do seu marido, Príncipe Filipe, duque de Edimburgo.

A seguir as cerimónias fúnebres estão milhões de pessoas que observam atentamente através de ecrãs espalhados por todo o Reino Unido, a passagem da urna. O funeral foi preparado detalhadamente seguindo o protocolo real e o formato está previsto decorrer até às 19h30. Recorde-se que o dia de hoje foi declarado feriado no Reino Unido, em homenagem a Isabel II.

Príncipes André e Harry decidem não usar uniforme militar no funeral da rainha Isabel II

Os príncipes André e Harry foram autorizados pelo rei Carlos III a usar os uniformes militares nas vigílias dos filhos e netos de Isabel II e no funeral da mesma, de acordo com a imprensa britânica. Apesar de ambos terem servido as forças armadas, optaram por acompanhar o caixão vestidos à civil entre o Palácio de Buckingham e o Palácio de Westminster. O mesmo aconteceu no funeral da monarca.

O príncipe Harry perdeu os títulos militares honorários quando decidiu renunciar à posição de membro a tempo inteiro da família real, em Janeiro de 2020. Atualmente vive com a mulher, Meghan e com os filhos, Archie e Lilibet, nos Estados Unidos.  Quanto ao príncipe André, a Rainha destituiu-o dos postos militares honorários, no passado mês de Janeiro, depois de ter sido envolvido num escândalo sexual. O príncipe foi acusado de abusar de uma mulher quando ela era ainda menor.

Apesar destes acontecimentos, foram autorizados a usar os uniformes militares, mas, por vontade própria, o príncipe Harry, neto de Isabel II, e o príncipe André, filho da monarca, optaram por não usar o traje militar no funeral da rainha.

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Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Casa Real Britânica e Reuters

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