Princesa Diana
A pergunta inconveniente que irritou a rainha Isabel II

Realeza

A relação entre a princesa Diana e a rainha Isabel II nunca foi um mar de rosas e só piorou quando lady Di questionou a importância da Família Real britânica.

Ter, 20/08/2019 - 16:00

Não é segredo para ninguém que a princesa Diana e a rainha Isabel II nunca foram as melhores amigas e o clima pouco convidativo entre as duas era notável. Apesar de nunca ter questionado o casamento do príncipe Carlos com Diana Spencer e de ter respeitado a presença da mesma em todos os compromissos reais, a rainha de Inglaterra não gostava da mãe de William e Harry e a situação só piorou quando a «princesa do Povo» decidiu fazer uma pergunta impertinente.

O momento constrangedor aconteceu durante um jantar da família real britânica em que lady Di fez uma pergunta inesperada que, dado o cenário, caiu muito mal à rainha Isabel II.

«[A monarquia] é uma instituição claustrofóbica e ultrapassada»

Segundo escreve o biógrafo da princesa Diana, Andrew Morton, no livro «Diana: a verdadeira história», a família real britânica estava a desfrutar do jantar de Natal, em Sandringham, Reino Unido, e lady Di decidiu perguntar à mesa se a família real britânica seria realmente relevante numa Europa federal. «A rainha, o príncipe Carlos e o resto da família real olharam para ela [Diana] como se ela fosse completamente louca e continuaram a conversa como se nem sequer a tivessem ouvido», conta Morton. «A princesa de Gales considerava a monarquia uma instituição claustrofóbica e completamente ultrapassada, sem qualquer relevância para a vida e os problemas atuais», acrescenta.

«[A rainha Isabel II] é fria, distante e muito dura»

A princesa Diana deu assim mais um motivo para a rainha Isabel II não gostar dela. Sabe-se que a monarca não gostava da sobre-exposição de lady Di e que pediu por diversas vezes para esta parar de se mostrar tanto aos meios de comunicação social. Ainda no livro de Morton, o biógrafo refere que Diana de Gales confessou por diversas vezes que era muito difícil relacionar-se com a sogra: «Ela [a rainha] é uma pessoa que segue detalhadamente o protocolo real, é fria, distante e muito dura e exigente», explicou a princesa em entrevista. 

Crise da monarquia inglesa 

Ao que parece, a dúvida colocada por Diana Spencer não era assim tão descabida e veio mesmo a questionar-se a continuidade da monarquia inglesa, que começou a tremer em 1992, quando o príncipe Carlos assumiu que traía lady Di com Camilla Parker Bowles. O silêncio da rainha de Inglaterra perante a infidelidade do filho deixou muitos fãs da família real britânica descontentes.

 O ano de 1992 ficou conhecido como «annus horribilis», não só pela traição do príncipe de Gales, como também por causa do incêndio do Castelo de Windsor e pela publicação do livro de Andrew Morton sobre a vida de lady Di, que revelou muitos podres da família real britânica.

Depois disso, os pais de William e Harry separaram-se, bem como o príncipe André e Sarah Ferguson, e em 1997 a princesa Diana perdeu a vida num trágico acidente de viação em Paris. Mais uma vez, o Palácio de Buckingham manteve-se em silêncio durante muito tempo e diz-se que a rainha Isabel II só falou sobre a morte da ex-nora porque o então primeiro ministro Tony Blair a «forçou» a fazê-lo, juntamente com o príncipe Carlos. 

Texto: Redação Win/Conteúdos Digitais; Fotos: Reuters

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