Natural da Nazaré, Adriano Luís Maranhão, canalizador tripulante do Diamond Princess, navio ancorado em quarentena no Japão, é o primeiro português diagnosticado com coronavírus. Nesta noite de 22 de fevereiro, descrevia a situação a bordo do paquete como «caótica».
«A maior parte da tripulação não estava à espera. Depois de 14 dias de quarentena dos passageiros, vieram [os responsáveis pelo navio] e disseram que agora seria a vez da tripulação, depois de estarmos expostos tanto tempo a este vírus».
Adriano sente-se «tranquilo», mas ainda «à espera de tratamento hospitalar».
Sábado, 22 de fevereiro, por volta das 14 horas [locais, 5 da manhã em Lisboa], o tripulante português estava «em quarentena numa cabina, fechado». Os outros portugueses que também integram a tripulação no Diamond Princess, «estão bem», mas ainda sem saberem «se os testes que lhes fizeram deram positivo ou negativo».
«Não estou a ser bem tratado»
Sobre os colegas, Adriano Maranhão refere que as respostas ainda são poucas: «Estão a aguardar».
O primeiro português infetado pelo Covid-19 envia às autoridades portuguesas um pedido desesperado de ajuda. «Quero sair o mais rápido possível do navio e ir para um hospital para tentar entender o que tenho». Em desespero, confirma que não está a ser bem tratado. «Até agora, não estou a ser bem tratado. Estou fechado numa cabina vai fazer 24 horas e ainda não veio aqui ninguém [responsável pelo navio] trazer-me comida.»
Com o passar das horas e da inatividade dos responsáveis pelo navio Diamond Princess, a família de Adriano Maranhão está a entrar numa «situação cada vez mais desesperante». O Portal de Notícias Impala falou com Tina Maranhão, que contou como a família está a encarar a situação.
A filha mais velha do casal «está a tentar entender a situação» por que o pai está a passar.
Veja o vídeo completo com a entrevista de Tina Maranhão aqui.
Texto: Luís Martins; Fotos: reprodução redes sociais
Siga a Revista VIP no Instagram