Pêpê Rapazote
Defende prima Capicua

Nacional

A cantora Capicua foi atacada por fãs, devido às suas opções políticas. O primo, Pêpê Rapazote, não conseguiu deixar de vir em sua defesa…

Qui, 24/09/2015 - 10:04

A cantora e rapper Capicua (pseudónimo de Ana Matos), cujo último álbum Sereia Louca conseguiu um estrondodo sucesso, em parte devido ao single Vayorken, sofreu recentemente um ataque violento de alguns fãs, depois de ter postado na sua página de Facebook que “pior que este temporal de hoje no Porto, só se a direita voltar a ganhar as eleições no dia 4 em Portugal! Como se diria na aldeia do Astérix, espero que o céu não nos caia em cima da cabeça”.

 

Conhecida pelas suas ideias de esquerda, a cantora defendeu nas redes sociais o direito dos artistas terem opinião e alguns dos fãs não lhe perdoaram a ousadia.

 

A discussão alastrou pela blogosfera e Pêpê Rapazote, primo da cantora nortenha, não resistiu a sair em sua defesa, envolvendo-se em trocas de comentários num post de um amigo: “Se há alguém que desde os 5, 6 ou 7 e 8 anos é esclarecida e informada politicamente é a Ana. Informada e absolutamente genuína. Não sei se neste momento se identificará em absoluto com algum partido (…), mas convicções?… Impossível ter dito que não as tinha. E nunca será demais repetir. Verdadeira, consciente, genuína e absolutamente informada. Original como a sua música. Cedo se terá destacado da carneirada, daí perguntar-me se hoje terá algum partido com o qual se pode identificar em absoluto”.

 

E depois de alargada troca de comentários entre diversos internautas, Pêpê Rapazote termina com este comentário: “Eu diria que a minha prima Ana, a nossa Capicua, teve um muito rico crescimento político. E genuíno. E verdadeiro. Provavelmente chegaria para encher duas vidas inteiras. Com os entusiasmos, as euforias, as desilusões e os amargos… mas as convicções, as opções políticas, essas foram-se tornando cada vez mais… como dizer… convictas. Ana, corrige-me se estiver errado. Talvez como eu… às vezes sinto-me um social democrata inspirado no Olof Palme, em alguns países chamar-me-íam de comunista, noutros de socialista. Mas se calhar sou apenas um fascista de trazer por casa. Em Portugal, ora pois aí é que está a questão… sou um pobre cão abandonado, sem dono. Porque no fim, os partidos, das suas ideologias apenas conservam os nomes”

 

Fotos: Impala

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