Patrícia Tavares
Lamenta, em lágrimas, que tenham “enxotado” o irmão da ficção nacional

Nacional

Patrícia Tavares foi a convidada do programa “Conta-me”, da TVI, deste sábado, dia 14 de novembro, e a atriz não conteve as lágrimas ao falar do irmão.

Sáb, 14/11/2020 - 17:02

Patrícia Tavares foi a convidada do programa “Conta-me”, da TVI, deste sábado, dia 14 de novembro, e a atriz não conteve as lágrimas ao falar do irmão. Numa entrevista emotiva a Fátima Lopes, a intérprete afirmou que Márcio Ferreira foi “enxotado” da ficção nacional e fez um regresso ao passado, ao recordar o início da carreira.

No início da entrevista, Patrícia Tavares revelou que entrou no mundo da representação aos oito anos, para ajudar os pais, que enfrentavam dificuldades financeira. “Os meus pais tinham um minimercado em Queluz e tinham uma freguesa que era atriz, que fazia imenso cinema. Eles estavam a passar dificuldades financeiras e isto [fazer figuração] era uma possibilidade de se ganhar um dinheirinho extra”, começa por contar.

“O cinema apareceu como uma tábua de salvação. Era só aos fins de semana, por isso iamos os quatro. Era uma procura de tentar melhorar a vida, mas passou a ser também um sítio onde nós nos divertíamos muito em familia.” 

Foram estes pequenos papéis que despertaram esta paixão de representar em Patrícia e no irmão, Márcio Ferreira. O ator fez várias novelas, mas a determinada altura, deixou de aparecer. “Muito por culpa de alguém, que na altura mandava, e que dizia que na família não podia haver dois talentos. O meu irmão é muito talentoso e tenho pena que este meio o tenha enxotado para fora”, diz, revelando que Márcio vive fora de Portugal e que atualmente trabalha como desenhador.

“Foi muito doloroso para ele e eu senti alguma culpa. Ele foi para outro sítio e está muito feliz, mas eu sei que ele tem muita vontade de voltar”, afirma a atriz. “Ele não trabalha em Portugal, o que faz com que esteja afastado da filha e isso é o que o perturba mais, o que o deixa mais frágil. Mas sei que ele está super orgulhoso do seu percurso profissional”.

A avó e a relação com a filha

Nesta entrevista a Fátima Lopes, Patrícia Tavares recordou ainda a avó, uma das pessoas que mais influenciaram a sua vida. “A avó da terra, do chão, de andar descalça, de ir à lenha”, revela, contando uma história que retrata bem a personalidade vincada que esta tinha: “A minha avó, em 1900 e troca o passo, rapou o cabelo para poder lutar com os rapazes da mesma maneira. Quando andava à luta, os rapazes puxavam-lhe o cabelo e ela pensou ‘não, não vai mais acontecer”.

“Ela era uma mulher muito bonita e muito maria rapaz, muito da terra. O conrário do que se espera de uma menina…”, diz, acrescentando ainda que a filha, Carolina, de 17 anos, tem muitos traços da bisavó: “Ela também é muito livre, muito expontânea”.

Sobre a filha, Patrícia Tavares recorda ainda o período de confinamento, em que Carolina esteve em Singapura, onde vive o pai. “Falávamos todos os dias, mas foi complicado, porque, a certa altura, achei que não a deixavam voltar”.

“Foi um mês e meio, mas para mim foram três meses. O estar sozinha, o sentir que ela não vinha, que não ia conseguir acabar o 12º ano… Só tranquilizei quando a fui buscar ao aeroporto”, remata.

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais e D.R.

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