A greve dos motoristas de matérias perigosas está a parar os transportes de todo o país. Aeroportos de Lisboa e Faro sem combustível. Voo da TAP cancelado. Filas enormes para abastecer em bombas que já esgotaram o combustível. Esta greve poderá paralisar totalmente os transportes rodoviários em Portugal e ameaça continuar a fazer ‘estragos’.
800 camionistas para um país inteiro
São cerca de 800 os camionistas habilitados a transportar este tipo de matérias perigosas que além dos combustíveis transportam também químicos, radioativos, mas também oxigénio ou materiais criogénicos. Para o fazer, os camionistas precisam de uma certificação ADR, um tipo de carta de condução emitida pelo IMT e renovável a cada 5 anos. De acordo com o Observador, que cita o presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), sindicalizados estão apenas 600.
Melhorias salariais, alterações no contrato e categoria profissional
Entre as reivindicações destes homens estão as melhorias salariais, as alterações ao contrato coletivo de trabalho no que respeita a horas extra e trabalho noturno e, também, a exigência de uma categoria profissional própria.
Os motoristas pedem uma remuneração base mínima correspondente a 1200 euros. No contrato coletivo só existe a categoria ‘Motorista de Pesados’ que tem uma remuneração base de 630 euros, não havendo categoria própria para quem transporta materiais perigosos. Além do aumento salarial, o sindicato pede o aumento do subsídio de risco (atualmente 7,5€), pois consideram estar em risco superior aos restantes ‘Motoristas de Pesados’.
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