Os maiores escândalos da Casa Real Espanhola
Sim… Eles também borram a pintura!

Realeza

A VIP fez um regresso ao passado e reuniu os acontecimentos que mancharam a honra das casas reais mais badaladas de todos os tempos. Esta semana, contamos-lhe tudo sobre a Casa Real Espanhola.

Qua, 09/01/2019 - 20:00

Nasceram em berço de ouro… mas não é por isso que desconhecem a palavra «escândalo». Na verdade, apesar de, muitas vezes, entrarem numa espécie de espiral de negação, esse é um termo que lhes é familiar. E sabem-no tão bem! Falamos dos elementos mais mediáticos das casas reais, que se esforçam – em vão… – por esconder o que de menos bonito têm as próprias vidas.

Passámos em revista as últimas décadas e não vamos deixar nada por contar… Afinal, escândalo que é «escândalo», na verdadeira aceção da palavra, tem de ser divulgado!

Começamos pelos nossos vizinhos do lado, que andam mais atrevidos do que nunca. No entanto, seremos sucintos… porque a história é longa.

 

Rei Juan Carlos e o casamento desastroso com Sofia, recheado de infidelidades

O rei Juan Carlos e a rainha Sofia tiveram, desde cedo, atritos. A serenidade da rainha, que sempre se escondeu atrás de um sorriso simpático, engana bem, mas quem a acompanha de perto, garante que é apenas uma postura própria de quem se esforça por manter as aparências. As 1001 amantes que o marido sempre teve a fama (e o proveito?…) de ter, abalaram-na muito. Uma biografia não autorizada fala em cerca de cinco mil casos escondidos…

Por isso, aos 80 anos, Juan Carlos, tem uma longa lista de conquistas. Sofia sempre engoliu em seco os rumores e as certezas, até há uma década. Os seus 70 anos foram decisivos e marcaram uma mudança de atitude, totalmente antagónica à que, até então, ostentava. Assumiu a continuação do casamento, no papel, mas optou por viver uma vida distante da do marido.

Desde essa altura, Juan Carlos, que, entretanto, abdicou do trono, cedendo-o, por legitimidade, ao filho, Felipe VI, alterou o comportamento. De repente, deixou de esconder os «affairs» e de negar o envolvimento, de longa data, com a decoradora Marta Gayá, de 68 anos, a amiga fiel, de todas as horas. Diz-se que o romance data de inícios de 1990 e que este, sim, é o rosto da sua grande paixão. Ainda hoje, a decoradora vive num apartamento de luxo, em Palma de Maiorca, onde o rei emérito é visita frequente…

Outra amante oficial de Juan Carlos que não podemos deixar de mencionar é Corinna Zu Sayn-Wittgenstein. Durante largos anos, a alemã foi apontada como um dos relacionamentos extra-conjugais mais longos do rei. O afastamento dos dois está ainda por esclarecer, mas consta que o rei se cansou da loirinha e terá partilhado com amigos próximos que a aristocrata, entre presentes avultados e viagens de luxo, se tinha tornado num investimento demasiado dispendioso.

 

Felipe VI e Letizia: a plebeia que destruiu a imagem da educação exímia e a zanga com a sogra

Num clima de grande instabilidade, Letizia chega ao coração de Felipe VI. Estávamos em 2004 e, com a plebeia, surgia a esperança de um novo recomeço. Afinal, Felipe VI sentar-se-ia no trono daí a uns anos e a expectativa de uma mulher capaz de lhe proporcionar um casamento feliz era muita. Porém, a polémica cedo se instalou…

O passado de Letizia, que já trazia, na bagagem, o jornalismo – uma profissão temida por qualquer elemento da casa real –, um divórcio, rumores de um aborto escondido, entre outros escândalos, ensombraram a ideia de conto de fadas. Ainda assim, Felipe VI e Letizia passaram por cima de tudo e prosseguiram com o casamento.

 

Felipe Juan Froilán dá um tiro no próprio pé

Em 2012, os jornais faziam eco de outro acontecimento delicado. Felipe Juan Froilán, na altura com 13 anos, filho da infanta Elena e de Jaime Marichalar, disparou uma arma e ficou ferido no pé direito. O acidente, que aconteceu em abril, ao final da tarde, fez com que o menino ficasse internado durante alguns dias.

Tudo correu pelo melhor. Ainda assim, a pergunta impôs-se: por que motivo uma criança daquela idade estaria na posse de uma arma de pequeno calibre? A treinar tiro? A justificação nunca convenceu.

 

Rainha Sofia e a falta de preparação para lidar com a insolência das netas

Os primeiros tempos foram, aparentemente, de grande felicidade. Leonor e Sofia nasciam, pouco depois, e estava, assim, concluído, o novo núcleo da Casa Espanhola. Contudo, os conflitos com a sogra começam a ganhar expressão e, durante a missa sagrada da passada Páscoa, em 2018, foi captada uma reação que não deixava margem para dúvidas: a agora Rainha Letizia e Sofia encontravam-se de costas voltadas.

Depois de um vídeo que captou um desentendimento público entre Sofia e a nora, um novo escândalo assola a casa real… À saída da catedral de Palma de Maiorca, a rainha emérita dirige-se a Leonor, a neta mais velha, com um gesto de carinho, e mostra vontade em ser fotografada com as suas meninas. Letiza, um metro à frente, insurge-se e impede, explicitamente, a filha de concretizar o desejo da avó. Sofia conforma-se e, quando beija Leonor na testa, a ex-jornalista tem um gesto desagradável e «limpa» a testa da menina, passando a mão na cabeça da filha. O gesto, desastroso, não foi bem interpretado… Pouco depois, para sobressair o clima evidente de conflito que se vive, a rainha Letizia tenta impedir, novamente, a proximidade entre avó e neta. Num movimento brusco, puxa Leonor para si, sendo agressiva, sem qualquer constrangimento.

O povo espanhol acompanhou tudo e, a partir desse momento, tornou-se implacável com a rainha, a quem não perdoa pela falha redundante naquilo a que chamam «a educação das infantas».

 

Iñaki Urgandarín, o duque destituído e preso por ser corrupto

Entretanto, outro escândalo chega aos Borbón. Iñaki Urgandarín, marido da infanta Cristina, irmã do rei Felipe VI, é condenado a quase seis anos de prisão. A sentença surge na sequência do envolvimento do ex-duque de Palma (relembramos que o sogro, o rei Juan Carlos, lhe retirou o título, ainda durante o seu reinado…) num crime que evidencia fraude, delitos fiscais e de prevaricação e tráfico de influência. A família real não estava preparada para mais este abalo…

O Tribunal Constitucional é terminante e, depois de o fazer sentar-se no banco dos réus, empurra-o para as grades. Pela primeira vez na História, um membro da realeza espanhola é condenado a prisão efetiva. É onde permanece até hoje.

Texto: Tânia Cabral; Fotos: Reuters

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