Ortorexia
Comer demasiado bem por ser extremamente prejudicial para a saúde

Saúde e Beleza

Ortorexia é uma doença e doença pode confundir-se apenas com «preocupação com a saúde»

Qua, 13/11/2019 - 21:20

Hoje em dia existe uma consciencialização maior do tipo de alimentos que fazem melhor e pior à saúde. É usual vermos pessoas evitarem alimentos mais processados e a desfrutarem apenas da chamada «comida saudável». Se à partida isto parece não ser um problema, a realidade é que se pode tornar num. Chama-se ortorexia e pode levar à desnutrição, conduzindo em casos extremos à morte.

Ortorexia «é caracterizada por um planeamento rigoroso das refeições, por vezes até com dias de antecedência, adotando regras cada vez mais restritas, e pela exclusão de alguns alimentos tidos como ‘maus’, ‘contaminados’ ou ‘impuros’, como gorduras, aditivos ou glúten, podendo chegar à abstinência», lê-se na página da Cuf.

Os motivos que levam à doença podem confundir-se apenas com «a preocupação com a saúde», no entanto existem outras razões subjacentes, «como a compulsão para assumir o controlo e atingir a perfeição. «Na ortorexia existe uma obsessão com a qualidade e com a saúde e não com a quantidade e com o peso, diferenciando-se nisto da bulimia e da anorexia.»

Sintomas de Ortorexia

Existem algumas questões, que fazem parte do teste de Bratman, cujas respostas positivas podem sugerir a existência da perturbação.

Sente que a sua dieta é a sua principal preocupação, interferindo com o seu trabalho e com as relações com amigos e familiares?

Passa grande parte do seu tempo a pensar na alimentação e a planear ou a preparar as suas refeições?

Considera que o valor nutritivo dos alimentos é mais importante do que o prazer de comer?

Recusa-se a comer em restaurantes ou em casa de amigos e isola-se às refeições?

Sente-se com mais autoestima e até superior às outras pessoas devido ao seu tipo de alimentação?

Culpa-se e castiga-se se cair na tentação de comer um alimento «mau»?

Se responder afirmativamente a mais de 5 questões, então será aconselhável contactar um especialista.

Texto: Sílvia Abreu

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