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“O teatro é o meu verdadeiro amor”, diz ANTÓNIO PEDRO CERDEIRA

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Sedutor dentro e fora dos ecrãs, volta sempre que pode às origens da representação
O actor recebeu-nos naquela que tem sido a sua “casa” nos últimos tempos: o Teatro São Luiz. Uma semana após a estreia de Hedda, António Pedro Cerdeira falou-nos das suas paixões, do sonho de ter mais um filho, da fama de sedutor, do vício dos banhos e dos perfumes e da forma como vê as novas gerações de actores.

Sáb, 25/09/2010 - 23:00

O actor recebeu-nos naquela que tem sido a sua "casa" nos últimos tempos: o Teatro São Luiz. Uma semana após a estreia de Hedda, António Pedro Cerdeira falou-nos das suas paixões, do sonho de ter mais um filho, da fama de sedutor, do vício dos banhos e dos perfumes e da forma como vê as novas gerações de actores. "Noventa por cento não presta", atira.

VIP – Como se sente com 40 anos?
António Pedro Cerdeira – Ainda não os assimilei (risos). Acho que a idade passa num instante e a ideia que tenho é que, a partir dos 35, os anos voaram.

Os colegas chamam-lhe Peter Pan, que é um eterno miúdo…
Sim, mas não é bem por aí. Quem me chama mais assim é a Tavares (Patrícia). Normalmente estou bem-disposto e, mesmo que tenha problemas, consigo chegar ao trabalho e "desligar". Tento viver com responsabilidade e preocupações q.b..

O bom ambiente no trabalho é fundamental…
Claro! Se não existir acaba por se reflectir no produto final. Já aconteceu comigo e é uma experiência que não quero repetir. Tudo isto tem a ver com as pessoas, com os egos. Nesta novela, Meu Amor, havia um pouco esse medo, porque existiam muitas pessoas conhecidas, mas não aconteceu. 

O seu ego nunca subiu demasiado?
Não. Até porque isso é uma coisa que as pessoas podem controlar. Não suporto quando se armam em vedetas comigo. Já desprezei pessoas por causa disso. Sei que é politicamente correcto falar bem destas camadas jovens, mas 90 por cento dos que vejo nos nossos dias não presta; não só por ausência de talento, mas porque são umas estrelinhas insuportáveis.

É mais difícil trabalhar assim…
Muito mais, porque não trabalham: fazem delas próprias e mal. Têm os focos assentes em coisas como aparecer nas revistas. Trabalhei durante anos em teatro, só com actores mais velhos, e eles diziam: “Actor só ao fim de dez anos…” Agora vê-se alguns com dois meses a achar que são "a última coca-­-cola do deserto". Não tenho mesmo paciência.

Preocupa-se com a sua imagem?
Ando sempre cheio de perfumes e desodorizantes, gasto perfumes de 100 ml numa semana, ando sempre a tomar banho… agora engordei um bocadinho e quero ver se faço um tratamento para me sentir bem, mas não tenho especiais cuidados.

Está em cena com Hedda no São Luiz. Como é o seu papel?
Gira à volta de um triângulo amoroso entre mim, a Maria João e o Marco Delgado. Ela procura uma pessoa que seja um pouco a súmula dos dois. É um texto muito interessante e bem escrito. Estamos a "amar".

É sempre bom voltar ao teatro?
Sempre! É o meu verdadeiro amor. Mas cada vez custa mais, porque estou mais consciente do que estou a fazer.

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Rui Renato 

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