A Direção de Informação e a Direção de Programas da TVI dispensam, «com efeitos imediatos, toda e qualquer colaboração de Pedro Proença, advogado e até agora comentador da estação». A decisão acaba de ser comunicada às redacções.
Pedro Proença pediu o afastamento da juíza desembargadora no caso de um pai que violou a filha. Adelina Barradas de Oliveira, que iria apreciar o seu recurso no Tribunal da Relação de Lisboa, deveria ser afastada «por ser mulher e certamente mãe». «Deve ser substituída por um juiz homem» porque «antes de ser magistrada (…) é certamente mãe, o que leva a que o horror e a aversão inata ao acto de incesto confessado pelo arguido (…) e o facto de acusar a sua filha de o ter seduzido, provoquem no seu espírito, incontestavelmente, uma especial e mais gravosa oscilação na neutralidade exigida perante o mesmo».
Para Pedro Proença, advogado e autor do recurso, não há qualquer tipo de discriminação e admite ter levantado a questão devido à «excessiva valoração do incesto».
O pai, um engenheiro naval de 55 anos, alega que foi seduzido e que o sexo foi consensual e lembra que o incesto não é crime entre maiores de idade. Na versão da jovem, foram jantar e beberam demasiado. Ela ter-se-à sentido mal e resguardado no quarto, altura em que o pai a violou. O caso foi revelado esta quinta-feira na SIC.
Leia aqui o comunicado da TVI.
Texto: Redação WIN/Conteúdos Digitais; Fotos: DR
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