Mulher de Zé do Pipo não consegue fazer o luto
«Esta história (…) tem um fim trágico»

Nacional

O cantor desapareceu há quase três meses e, até ao momento, não há quaisquer indícios que possam desvendar o que realmente aconteceu a Zé do Pipo. Um amigo de família vem, agora, prestar declarações.

Seg, 28/01/2019 - 15:35

Zé do Pipo desapareceu no passado dia 5 de novembro e, de lá para cá, o mistério tem envolvido o caso. Certo é que, até ao momento, desconhecem-se as circunstâncias que justificam o desaparecimento de um dos ícones da música popular portuguesa. Dadas as especulações, os familiares têm-se remetido ao silêncio, embora já tenham aberto uma ou outra exceção.

Esta semana trouxe novidades nesse sentido. Celeste, a mulher do cantor, em declarações a uma publicação semanal, terá dito que havia formatado o computador do marido… um gesto que eliminou potenciais pistas. A verdade é que, após esta confissão, começaram a ser delineados cenários de um possível crime.

Porém, em resposta a esta especulação, O Programa da Cristina recebeu um amigo da família que se disponibilizou a quebrar o silêncio. «A Celeste não fala, porque estas notícias não têm sido bem recebidas e terão sido deturpadas. Já se disse tanta coisa que não tem sentido nenhum. Aqui (Peniche), na rádio, recebemos chamadas a dizer que o Zé do Pipo está em França ou aqui ou ali, quando nós sabemos perfeitamente que é mentira», começa por justificar João Carlos Costa.

 

Amigo acredita que o cantor se atirou ao mar

Questionado sobre a acusação de que Celeste tem sido alvo – por ter apagado pistas que, alegadamente, possam justificar o desaparecimento do marido –, o amigo desvaloriza. «Há uma vontade de tentar criar uma história». «Todos nós sabemos que esta história não é feliz e que tem um fim trágico. As pessoas mais próximas… sabemos o que aconteceu, mais coisa menos coisa. Nenhum de nós viu o Nuno atirar-se ao mar, mas…»

Não esquecendo o quadro clínico de Zé do Pipo – diagnosticado com bipolaridade –, João Carlos prossegue no discurso. «Tendo em conta o quadro clínico dele, e tudo o que aconteceu nos dias mais próximos, só pode ter acontecido isso. Não acreditamos, não há uma razão válida para ter acontecido oura coisa. O Nuno estava muito bem profissionalmente, melhor do que nunca. Tentam inventar-se muitas teses, mas não há razões claras que apontem para algo diferente», esclarece, ainda.

 

Família atravessa problemas financeiros

Ainda sobre o facto de Celeste ter formatado o computador, João Carlos Costa afiança que não sabe, exatamente, o que terá acontecido, mas, socorrendo-se das palavras da mulher de Zé do Pipo, acredita que a justificação seja válida e inofensiva. «Não foi para apagar pistas,  nem nada disso. A PJ esteve com ela uns dias depois de ter acontecido o que aconteceu. Não há razões válidas para isso. Ela é a pessoa que menos tem a ganhar com esta situação», defende.

Aliás, é o amigo quem lembra que a situação financeira da família se encontra fragilizada com este desaparecimento. Neste momento, Celeste tem a seu cargo dois filhos e conta, apenas, com um único rendimento. «Neste momento tem dois filhos para criar. Não está numa situação invejável, não há seguros milionários como se diz, não há nenhuma vantagem para aquilo que estamos a viver», assegura, ainda.

«Não sei se ela está numa situação instável ou estável. Sei que a principal fonte de rendimento era o vencimento de Zé do Pipo ou do Nuno, como lhe quiserem chamar. E, por isso, neste momento, a Celeste vê-se sem esse rendimento. Eu sou uma das pessoas que tem estado a ajudá-la, ela é uma mulher forte, vai continuar a sê-lo», sublinha. «Ela nem sequer pode estar a viver o luto que tem direito, devido tudo o que se diz. Ela tentou explicar as coisas e vieram complicá-las mais para encontrar aqui crimes…», lamenta, José Carlos, por fim, solidário com a amiga.

Texto: Tânia Cabral; Fotos: DR

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