Maria Rueff
Quebra silêncio sobre enfarte: «Senti que estava debaixo de um pneu de autocarro»

Nacional

Maria Rueff esteve presente na emissão das manhãs da Rádio Renascença e quebrou o silêncio sobre o enfarte que sofreu recentemente.

Qui, 09/01/2020 - 17:10

Maria Rueff foi a convidada da emissão desta quarta-feira, dia 8 de janeiro, da rubrica As Três da Manhã, conduzida por Joana Marques, Ana Galvão e Carla Rocha, da Rádio Renascença. A atriz, de 47 anos, sofreu recentemente um enfarte do miocárdio e aproveitou o momento para quebrar o silêncio sobre a situação.

«Peço muito desculpa a quem se assustou! [risos] Eu própria me assustei! Uma coisa é sabermos o que são estas coisas, outra coisa é passarmos efetivamente por elas…», começou por revelar, acrescentando que perdeu um irmão, vítima de um enfarte, há cerca de dez anos.

«Há aqui uma forte componente genética, uma vida de profundo stress. A fama parece muito cor de rosa, mas são vidas de profundo stress, sem horários, pouco descanso, alimentações frágeis… Implica uma força anímica e um desgaste quase de atleta de alta competição», continuou, alertando que esta é uma realidade que pode «tocar à porta» de qualquer um: «A mim tocou!»

«Pensei sinceramente que estava a ter um AVC»

«Não tive aquela sensação de “Ah, cá está! estou a ter um ataque de coração”. Senti que estava debaixo de um pneu de autocarro. Senti falta de circulação e depois senti o maxilar com formigueiro. Pensei sinceramente que estava a ter um AVC e que poderia ficar sem poder trabalhar», afirmou, revelando todos os pormenores de um dos momentos mais assustadores pelos quais passou.

«Não se tem noção do “Estou a ir, estou a morrer”… É mais um: “Tirem-me isto daqui! Ajudem-me!”», acrescentou. 

«Há uma miúda que se aguenta à bronca»

Quando recuperou, Maria Rueff fez questão de revelar que foi a filha, Laura, de 15 anos, quem a socorreu. Segundo a atriz, a jovem manteve sempre a calma, «resolveu tudo, muito serena», sempre com um «ternura» nos olhar. 

«Quando era pequenina, havia coisas que eram uma espécie de honra pública.. Quando um irmão mais velho salvava outros irmãos, tornava-se público. Era uma honra. E eu achei que a Laura merecia. Há uma miúda que se aguenta à bronca. Devo-vos dizer que é um espetáculo muito feio de assistir. Ela fez tudo! A minha vontade de a expor foi nesse sentido», revelou.

Maria Rueff aproveitou ainda para agradecer aos técnicos de saúde que a acompanharam, que foram de uma imensa «humanidade e carinho», garantindo ser uma sortuda. 

«É uma espécie de nova vida no jogo. Ganhei uma vida. Dia para dia, vou ganhando folgo, vou ganhando concentração, porque fica-se confuso depois disto… Estou a “refocar-me”. Estou a fazer uma vida mais regrada», terminou.

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: D.R. 

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