Maria João Bastos
Atriz chora em tribunal ao recordar drama

Nacional

Maria João Bastos é obrigada a reviver, em tribunal, a morte da cadela para defender irmã.

Sex, 21/02/2020 - 16:00

Maria João Bastos viveu, há quatro anos, um dos maiores dramas da sua vida: a morte da cadela, Amélie. Um drama que teve agora de reviver, em tribunal, para defender a irmã.

A companheira de quatro patas da atriz morreu, no dia 2 de abril de 2016, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória, após uma ida ao veterinário, onde fez uma destartarização. Foi para casa com alta médica, mas o estado de saúde do animal foi piorando. Maria João Bastos levou novamente a cadela ao veterinário, onde acabou por morrer. Na altura, deu a entender que terá sido por negligencia médica.

A artiz expôs o caso nas redes sociais, exigindo explicações e acusando o hospital veterinário. e acabou por ser acusada da «prática dos crimes de difamação e de ofensa a pessoa coletiva». No entanto, conseguiu livrar-se das acusações. Já a sua irmã, que acompanhou de perto este drama, não.

Inês Bastos acabou acusada de difamação pelo hospital veterinário, após ter escrito no seu blogue que a cadela da irmã «morreu por causa de uma grosseira negligência».

Agora, Maria João Bastos teve de voltar a tribunal, na qualidade de testemunha da irmã. E foi obrigada a reviver todo o drama da morte de Amélie.

«Desfaleci. Caí no chão»

A atriz não conseguiu esconder a emoção. «Eu não tenho filhos. Tinha a Amélie», terá dito em lágrimas, segundo avança a revista TV Guia.

Em tribunal, a estrela da TVI disse ter feito vídeos com o telemóvel das 10 horas que a sua cadela esteve em agonia após a destartarização.

«Até hoje não consegui ver os vídeos. São horríveis (…) das 7 da noite às 6 da manhã (…) Está a Amélie, deitada no sofá, não respirava (…) fazia sons horrorosos e tentava respirar», recorda a chorar.

Maria João Bastos assegura que a sua irmã foi o seu grande apoio e que presenciou a sua dor. «Ela presenciou a minha dor de perder a Amélie naquela manhã. E a forma como fui tratada», diz, referindo-se ao facto de ter sido expulsa da clínica veterinária a chorar.

«A minha irmã esteve comigo às 10h da manhã antes de eu entregar a Amélie na clínica. Estivemos a tomar o pequeno-almoço com a minha sobrinha e estávamos todas bem animadas (…) Fui com a minha sobrinha , filha da minha irmã, levar a Amélie ao hospital e estávamos bem. Nada fazia prever», conta.

«Horas depois liguei à miha irmã a dizer que a Amélie estava mal. A minha irmã foi ter comigo ao hospital na manhã seguinte e recebemos as duas a notícia de que a Amélie tinha morrido. Lembro-me que desfaleci, as minhas pernas perderam a força. Caí no chão, a minha irmã agarrou-me», refere.

«Eu chorava, chorava»

«Eu chorava, chorava e dizia que não conseguia aguentar com tudo isto em cima», lembra.

«A minha irmã sempre foi uma guerreira e uma leoa para me defender. Sei que naquela manhã me viu sofrer como nunca me tinha visto», afirma.

Após quatro anos a morte da cadela, Maria João Bastos ainda quer uma explicação para o sucedido e sente-se revoltada por não ter obtido respostas sobre o que realmente aconteceu.

«Enquanto pessoa que vive numa sociedade democrática, tenho o direito de pedir explicações. Tenho o direito de chegar um lugar, na sequência de tudo o que tinha acontecido à Amélie naquela noite e não me contentar apenas com um “a Amélie morreu com uma paragem cardiorrespiratória”. E em momento algum foram acusados por mim ou pela minha irmã.»

 

Texto: Inês Neves; Fotos: reprodução Instagram e Impala

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