Maria Cavaco Silva
Exige que seja feita investigação às contas da instituição

Nacional

Madrinha da instituição de solidariedade, a antiga primeira-dama mostra-se «espantada e preocupada» com alegada gestão danosa. Por isso, pede que se investigue as contas da Raríssimas, das quais assume «não ter conhecimento»

Qui, 14/12/2017 - 14:42

Foi uma ex-primeira dama emocionada aquela que reagiu pela primeira vez ao escândalo da alegada gestão danosa da associação Raríssimas. Maria Cavaco Silva é madrinha da associação ainda presidida por Paula Brito e Costa e esteve, ao longo de vários anos, directamente envolvida nos trabalhos da associação e, em particular, na Casa dos Marcos. Em declarações aos jornalistas, na inauguração do presépio da Associação AFID, em Alfragide, a mulher do ex-presidente da República Aníbal Cavaco Silva afirmou:

«Nunca desconfiei de que pudesse haver má gestão. Estou muito espantada e muito preocupada. Muito espantada porque não esperava, muito preocupada porque não podemos prescindir dos serviços que a Raríssimas presta a tantas pessoas. Todos sabem que funciona bem, não podemos prescindir disso. Não somos suficientemente abonados para deitar fora uma Associação como a Raríssimas. Ela faz muita falta».

As primeiras declarações da ex-primeira-dama acontecem no âmbito de uma visita à Fundação AFID Diferença, esta quinta-feira. Emocionada, com a voz embargada e com um tom que poucas vezes lhe costumamos ouvir, Maria Cavaco Silva disse também ainda não ter falado com Paula Brito e Costa e que «por agora não» não o pretende fazer.

«Fiquei muito surpreendida, mas as pessoas passam e a Associação fica».

Ex-primeira dama preocupada com doentes

A preocupação principal de Maria Cavaco Silva são, agora, os doentes e as famílias que são cuidadas pela Raríssimas.

«Estou triste, com medo que… Sempre disse que apoiava as pessoas que estavam nas instituições. E, ao longo deste anos todos, sempre disse ‘as instituições ficam, têm de ficar’», garantiu, com a voz visivelmente embargada, acrescentando: «Sou muito ligada às pessoas que lá estão, que são muito frágeis.»

Apesar de mais este escândalo ligado à solidariedade (veja outros que marcaram o ano aqui), a mulher de Cavaco Silva confia que isso não vai mudar a personalidade dos portugueses, que ajudam sempre que são chamados a intervir.

«Eu espero que não. Uma árvore não faz a floresta. Espero que os portugueses se informem, espero que as autoridades competentes investiguem tudo o que há para investigar, mas que os portugueses não se assustem. Eu não estou assustada. Espero que a Raríssimas continua a funcionar, que as pessoas de Pedrogão continuem a ser ajudadas. Tudo com muita clareza, porque não somos nós que temos acesso às contas, tal como eu não tinha na Raríssimas. Provavelmente falta supervisão», resume.

Textos: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Helena Morais

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