Maria Botelho Moniz
o que pensou sobre o novo amor: “Como é que alguém gosta de mim sendo eu um farrapo?”

Nacional

Maria Botelho Moniz abre o coração a Cristina Ferreira e fala sobre a importância do amor na sua vida. A nova apresentadora da TVI revela detalhes do namoro com Pedro Bianchi Prata

Sáb, 19/12/2020 - 15:55

Maria Botelho Moniz, de 36 anos, recebeu Cristina Ferreira em sua casa e, numa conversa intimista com emoções à flor da pele, falou sobre a família, a vida profissional e ainda da importância do amor na sua vida. 

A apresentadora da TVI, que sofreu na vida duas perdas marcantes – do pai, José Moniz, e do ex-namorado, Salvador Quintela – revelou a Cristina Ferreira como aprendeu a lidar com a ausência de alguém tão importante da pior forma. 

A morte do pai 

Sobre o pai, que faleceu há dois anos de forma repentina, Maria Botelho Miniz confessa que tem “muita pena” por não conseguir partilhar consigo os sucessos profissionais. “Sei que ele iria vibrar. Ia querer saber cada detalhe. Ia querer saber tudo. Era muito orgulhoso de cada pedacinho das nossas conquistas. Tenho muita pena de não poder pegar no telefone para lhe ligar”, conta. 

A parceira televisiva de Cláudio Ramos confessa que, assim que soube que ia apresentar o novo programa das manhãs da TVI, saiu do gabinete de Cristina Ferreira e olhou “para cima”. “Olho sempre”, diz, já em lágrimas. “Sempre que me é dada uma boa ou má noticia. Olho para ele. Dedico-lhe muita coisa. O primeiro programa que fizer ao lado do Cláudio será para ele.”

“Não há ninguém que substitua um pai, uma mãe, um irmão. É impossível de preencher. Faz-me muita falta, nas coisas pequenas. Às vezes ainda tenho o instinto de lhe ligar. As pessoas que me são muito próximas não consigo. Não sou capaz de o ver em vídeo, de ouvir a voz dele. Ver essas pessoas em vida é muito pesado”, explica. 

A perda do ex-namorado, com quem tinha uma relação há 10 anos

A morte do ex-namorado foi outro dos marcos mais sofridos da vida de Maria Botelho Moniz. “Nunca mais me despedi de ninguém da mesma forma. Sei que há uma possibilidade, ainda que pequena, de hoje saíres daquela porta e nunca mais te ver.” “É um choque de realidade com o qual vais ser confrontada. Tens de pensar em quem queres ser. Ser a pessoa amargurada ou ser um raio de luz, que traz sorrisos, bondade e verdade.”

Quando Maria sofreu esta perda tinha 29 anos. “Sei que estive um ano e meio a viver no meio de um nevoeiro, quase não sentia os pés no chão, andava a flutuar. Deixei de ser quem era. Tive 10 anos um ombro onde me encostar. Tiram-me o meu apoio, a pessoa com quem planeava estar o resto da vida. Tinha o casamento marcado para dali a seis meses”, recorda.

“Um dia que eu seja mãe, os meus filhos não vão ser quem eu imaginei. Tinha tudo planeado. Tiram-me o presente e o futuro A única coisa que sabes é que ficaste, só isso. Estou aqui, e agora, estou onde? A minha mãe teve de me dar colo outra vez como se eu fosse um bebé. Esteve a viver comigo 3 meses. Queria-me tirar desta casa, vivia aqui com ele. Não quis sair daqui. No dia em que entrou disse: vou-me embora no dia em que me mandares embora. Tens que criar outros sonho, acreditar que é possível. É possível rir outra vez. A primeira gargalhada que dei foi um sentimento de culpa.”

A relação com a família de Salvador

Apesar de já se terem passado sete anos desde a morte do ex-namorado, a apresentadora ainda mantém contacto com a família de Salvador, que considera sua família também. “No início foi muito intenso. São e serão sempre família para mim. A mãe dele será sempre a minha sogra. Mas a partir de um momento precisei de respirar e do meu espaço.”

“Mantenho contacto, ligo à minha sogra todos os meses. Para falar dela. Falamos pouco dele. Tento que seja sempre uma memória feliz. É uma mãe que eu tive durante 10 anos”, afirma sorridente. 

“Lembro-me dele todos os dias. Foi muito tempo, muito amor. Acho que tens que te lembrar das pessoas, pensar nelas, acredito que eles os dois estão aqui sentados.”

O novo amor

Este ano, Maria Botelho Moniz voltou a amar e, durante a conversa com Cristina Ferreira, falou abertamente sobre o namorado: Pedro Bianchi Prata. “Estamos juntos desde abril”, revela

“Para mim nem sequer era uma hipótese. Não sentia que fosse possível, não sentia que merecia sequer. Porque já estava… Como se fossem cartas que se dão. Não achei que era justo”, relembra. “Tinha que ser alguém que aceitasse isso. Que sabe que não estaria comigo se a minha história fosse diferente. Não é qualquer pessoa que lida bem com isso (…) E a vida surpreende-te. É difícil aceitar que alguém goste de ti. Como é que alguém gosta de mim sendo eu um ‘farrapo’? Nem sou pessoa, sou um restinho.”

“Eu sei o que é dizerem-te que nunca mais vais ver o amor da tua vida. É apaixonares-te outra vez e pensares: se um dia o telefone toca e alguém te disser o mesmo? Ao início vivia muito ansiosa. Qualquer viagem de carro era um problema, uma ausência. Agora não”, explica. “Foi uma das primeiras conversas que tivemos. Era importante que ele soubesse todos os detalhes. Contei muito a medo, mas não escondi nada.”

Maria Botelho Moniz conta que ainda tem “uma fotografia do Salvador no escritório”.  

Confiante no novo amor, a apresentadora mostra-se feliz e tranquila com a nova vida. “Os meus filhos não vão ser os mesmos, mas vão ser tão bonitos”, ri-se. “Acho que ele me foi enviado. Há amigos que fiz depois da morte do Salvador que me foram enviados, este amor foi-me enviado, pedi muito. Aos dois, juntem-se aí, conversem e enviem me alguém aprovado pelos dois. Quando menos esperei bateu-me à porta.”

Sobre Pedro Bianchi Prata, Maria revela: “É alguém que não faz parte deste meio. Preocupa-me a mim que lhe tirei o espaço dele.”

Texto: Joana Dantas Rebelo, Fotos: Redes Sociais 

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