Maria Barros
“A manhã de 25 de dezembro é a mais feliz do ano”

Nacional

A decoradora Maria Barros abre as portas da sua casa à VIP e fala sobre as suas recordações do Natal e como se deve receber a família com estilo

Dom, 23/12/2018 - 18:35

Conhecida pela utilização de cores fortes no seu trabalho como designer de interiores, este ano Maria Barros optou por decorar a sua casa em tons brancos, a lembrar o frio e a neve. Numa entrevista em que fala das suas memórias, a decoradora revela que sempre gostou desta quadra festiva e fez questão que essa magia passasse para os filhos Salvador, de 17 anos, e Clara, de 14. 

VIP – Em que se inspirou para as decorações de Natal deste ano?
Maria Barros – Inspirei-me no Natal que vive no nosso imaginário… um Natal cheio de neve.

Fugiu ao tradicional verde e vermelho…

Eu vivo rodeada de muita cor, por isso também me sabe bem, às vezes, simplificar. 

O que está in e out na decoração de Natal?
Essa coisa do in e do out não faz parte da minha filosofia profissional. Acho sempre que qualquer pessoa pode e deve fazer o que mais lhe apetece, desde que isso tenha a ver com a sua maneira de ser e a sua personalidade. Decorar a casa para o Natal é prepará-la para receber a família e o amor de Deus. Cada um deve fazê-lo da forma que mais alegria lhe trouxer. Natal é uma época de alegria e amor onde as tendência pouco ditam. No fundo resume-se a isso. É preciso não perder o foco.

O que nunca teria em sua casa?
Um Pai Natal a subir pela janela. Acho que é mesmo aquele elemento que não aguento. Parecem uns pequenos seres vestido de encarnado enforcados nas varandas das casas.

Para um profissional do design de interiores, a altura do Natal é o expoente máximo das decorações?
Não necessariamente. Mas é uma altura em que recebemos sempre muitos pedidos para colaborações e parcerias. 

A Maria gosta desta quadra?
Claro que sim. Sou católica e por isso tento viver esta quadra com a máxima espiritualidade. 

Que recordações tem dos seus natais de menina?
Guardo memórias muito queridas e felizes. Sempre adorei ajudar a minha mãe a decorar a casa. Para mim, abrir as caixas dos enfeites do Natal e do presépio sempre foi um momento carregado de significado e muita alegria. Hoje não sinto a mesma coisa…. a pressão profissional para fazer decorações diferentes todos os anos retirou um bocadinho dessa magia da infância. 

Tem dois filhos. Como é que a sua família vive esta época de festa?
Eu continuo a achar, ao fim destes anos todos, que a manhã de dia 25 de dezembro é a manhã mais feliz do ano. Acho que isso diz tudo. Adoramos fazer o nosso Natal muito especial, cheio de pequenos pormenores que o tornam inesquecível.

Eles gostam do Natal?
Os meus filhos vibram desde sempre com o Natal. Não apenas com os presentes, mas com a alegria dos jantares de família, com as canções de Natal, os filmes, e as férias, claro! 

Já comprou os presentes ou deixa tudo para a última hora?
Nunca compro presentes de Natal em agosto. Não faz parte da minha natureza. Deixo sempre mais para o fim, mas corre sempre tudo bem. Gosto muito de oferecer. E para os meus filhos especialmente é um processo que faço com muito entusiasmo. 

Como passa o dia 24? Em sua casa?
Tenho passado o Natal de tantas formas… até muitas vezes fora de Portugal. Vamos para onde o Rui [o marido] tiver que ir. Mas este ano em princípio estaremos em Portugal, por isso, dividiremos o nosso tempo entre as famílias das duas partes. No dia 24 vamos estar com a família Hipólito. 

E o dia 25?
Com a minha mãe e os meus irmãos, cunhados e sobrinho.

Que tradições gastronómicas não dispensa?
O bacalhau só me sabe mesmo bem no dia 24 de dezembro. A minha sogra faz um arroz- -doce e um bolo de frutos secos que eu adoro. A minha mãe faz as melhores rabanadas de sempre. E claro, a Garrett, no Estoril tem o melhor bolo-rainha. Adoro as tradições mas não gosto de sonhos nem de filhós. 

Estamos quase a terminar 2018. Que balanço faz deste ano em termos pessoais e profissionais?
Foi um ano muito feliz. Acho que, pela primeira vez na vida, me foquei em cumprir objetivos e chego ao fim do ano a sentir-me muito concretizada. 

Onde vai passar o fim de ano?
Em Portugal com a minha família e amigos, como tenho feito há já uns anos.

Que desejos pede para 2019?
Os mesmos que pedi para 2018… Que seja um ano de paz e amor. De sonhos realizados e objetivos cumpridos. Com saúde física e mental. Boa disposição e muitas gargalhadas. Adoro rir, é das coisas boas que levamos desta vida.   

Texto: Alberto Madeira Miranda; Fotos gentilmente cedidas por Teresa Aires 

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