Marcha das Mulheres
Estrelas de Hollywood juntam-se aos protestos

Internacional

Natalie Portman, Viola Davis e Scarlett Johansson foram algumas das atrizes que saíram à rua e «marcaharam» contra Donald Trump e a favor da igualdade de géneros

Dom, 21/01/2018 - 11:36

Pelo segundo ano consecutivo, a «Marcha das Mulheres» invadiu as ruas das principais cidades dos Estados Unidos. Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se a favor da igualdade de género e contra as políticas do atual presidente dos EUA, no dia do primeiro aniversário da presidência de Donald Trump, a 20 de janeiro.

A esta dezena de milhares de pessoas juntaram-se várias estrelas de Hollywood. As atrizes Scarlett JohanssonViola Davis, Natalie Portman e Eva Longoria foram algumas das mulheres que tomaram o microfone para incentivar ao poder das mulheres e falar dos escândalos de abusos sexuais na indústria cinematográfica revelados nos últimos meses, que desencadearam movimentos feministas e de denúncia social como #MeToo e #Time’sUp.

«Sofri terrorismo sexual»

No seu discurso, na marcha de Los Angeles, Natalie Portman revelou ter sofrido «terrorismos sexual» aos 13 anos, causado por um fã. «Entendi muito rapidamente, aos meus 13 anos, que se eu me expressasse sexualmente, ia sentir-me insegura e os homens usariam isso para objetificar o meu corpo para o meu desconforto», afirmou, confessando que sentiu a necessidade de tapar o corpo e inibir as suas expressões.

Mais tarde, após ter completado 18 anos, «os críticos de cinema começavam a falar dos meus peitos nos seus textos», acrescentou a atriz, que confessou ter rejeitado, nessa altura, alguns papeis que exigiam beijos e cenas mais ousadas.

Também as atrizes Cameron Diaz, Jennifer Lawrence e a cantora Adele estiveram nas ruas. Adele escreveu um texto no Instagram sobre o quanto as mulheres a inspiram. A atriz Blake Lively passou a sua mensagem atráves da amisola que usou: «Nunca se esqueça da diferença entre lutar por si mesmo e lutar por casa um.»

A reação de Trump 

Na sua conta da rede social Twitter, Trump pareceu ignorar o sentimento geral das manifestações e escreveu: “Ótimo clima por todo o nosso ótimo país, um dia perfeito para todas as mulheres marcharem”, escreveu irónicamente. «Saiam de casa e comemorem o histórico e sem precedentes sucesso económico e o desenvolvimento que se deu nos últimos 12 meses. A taxa mais baixa de desemprego feminino nos últimos 18 anos!», concluiu.

Entre hoje e domingo, há centenas de marchas e ações agendadas a nível global em torno dos direitos das mulheres, nas capitais de países como Argentina, Quénia, China, Canadá, Austrália e Itália, mas também em cidades secundárias e localidades mais pequenas.

 

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