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Aprenda a fugir de um agueiro e mantenha-se em segurança

Nacional

«Estas correntes podem ser muito fortes, arrastando o banhista, desprevenido, para zonas afastadas e mais profundas da praia»

Dom, 26/07/2020 - 8:00

A maioria dos banhistas nunca ouviu falar de agueiros, mas podemos desde já adiantar que estes fenómenos constituem um dos maiores perigos do mar português. São eles que «estão na origem de 80% das ações de salvamento nas praias e podem mesmo ser fatais causando a morte por afogamento», alertou o comandante Coelho Dias, do Instituto de Socorro a Náufragos.

Do que se trata? São «correntes de retorno», que é como quem diz «correntes geradas perpendicularmente ao longo de toda a costa portuguesa, por ação da ondulação e da topografia do fundo». De uma forma mais simples, são zonas encontradas pelas ondas para regressarem a alto mar depois de atingirem a areia.

«Estas correntes podem ser muito fortes, arrastando o banhista, desprevenido, para zonas afastadas e mais profundas da praia», lê-se no site da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Se for apanhado por um destes agueiros, aconselha a AMN, «o banhista deve, sobretudo, não entrar em pânico, nem tentar vencer a corrente». É essencial pedir ajuda o mais cedo possível e, se conseguir, «nadar lateralmente até deixar de se sentir o efeito da corrente». «Depois, deve tentar sair da água num local afastado desta corrente».

Veja aqui o vídeo:

Difíceis de detetar

Regra geral, a zona onde existe um agueiro chega a ser confundida com um bom local para mergulhar devido a inexistência de ondas.
Os peritos deixam algumas dicas que podem ajudam a identificar estes fenómenos. São eles:

1. Cor da água acastanhada devido ao arrastamento da areia no fundo2. Espuma na superfície da água, que se estende além da rebentação
3. Deslocamento de materiais e destroços flutuantes
4. Ondas maiores e mais frequentes dos dois lados (não no local do agueiro)
5. Tremura numa zona da água, quando a água à volta está lisa

Acima de tudo, em caso de existirem ou não agueiros, nunca deve entrar no mar numa zona que não seja vigiada.

Texto: Ana Filipe Silveira, Fotos: D.R. 

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