Mãe de Valentina
«Nunca deixei a minha filha para trás para ir fazer noitadas»

Nacional

Sónia Fonseca, mãe de Valentina, dá entrevista a defender-se das críticas, fala da relação da filha com o pai, Sandro Bernardo, e da dor «extremamente grande» que sente

Qua, 08/07/2020 - 7:12

Na segunda parte da entrevista de Sónia Fonseca à SIC, a mãe de Valentina defendeu-se das críticas e falou sobre a relação da menina com o pai, Sandro Bernardo.

“Eu na altura trabalhava numa fruteira, 10 horas por dia, e à sexta e ao sábado eu ainda trabalhava num bar à noite para conseguir arranjar mais algum dinheiro para não faltar nada à minha filha”, justifica, dizendo que nunca abandonou a menina.

“Se a minha filha ia para o pai era porque ela assim mo pedia, não era porque eu a empurrava para lá. Eu nunca deixei a minha filha para trás para ir fazer noitadas. Eu nunca troquei a minha filha por nada nem por homem nenhum”, disse.

Sobre depoimentos de supostos familiares de Sónia Fonseca que deram entender que Valentina poderia estar a ser negligenciada, Sónia alega que uma das pessoas que falou “fez-se passar” por tia dela. “Eu nem sabia tão pouco quem era a senhora”.

Sónia diz que Valentina “nunca se queixou do pai a ninguém e que quando vinha de casa do pai vinha “feliz”. A mãe da menina assassinada pede que as pessoas se coloquem no lugar dela, “de mãe”, e que nunca tenham de passar pela dor que sente neste momento.

“É uma dor extremamente grande nós perdermos um filho nas mãos de um pai”, diz, emocionada. “Um pai serve para amar e para proteger, e não para tirar a vida”.

Quando confrontados com a morte de Valentina, Sandro e Márcia Bernardo afirmaram que foi ao confrontarem a menina com uma suposta agressão sexual de um “padrinho” que o cenário violento começou.

Sónia diz que a pessoa em questão é um grande amigo seu e que as acusações são infundadas. “É mentira, ele não o conhecia sequer”. “A Valentina nunca entrou em casa do padrinho, ela nunca esteve sozinha com o padrinho”, diz ainda.  

Sónia diz que não sabe se um dia voltará a falar ou ver os homicidas e que os considera responsáveis pela morte da criança de igual forma. A mãe de Valentina mudou, entretanto, de casa por não conseguir viver num espaço cheio de memórias. 

 

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