Luto
Inês Pires Tavares relembra morte do avô: “Ainda estou a aprender a lidar”

Inês Pires Tavares foi protagonista do Alta Definição, programa onde abriu o coração a Daniel Oliveira sobre os momentos mais marcantes da sua vida. A cantora e atriz da SIC não escondeu a emoção ao recordar a morte do avô, quando tinha apenas 8 anos: “Ainda estou a aprender a lidar”, relatou.

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“Desde pequenina que tenho uma perceção muito clara e muito consciente sobre as coisas. O meu avô foi a melhor pessoa que eu conheci até hoje. Era muito calmo, e isso herdei dele. Era a pessoa mais generosa que eu conheci, sempre pronto a ajudar. No momento certo também dava uns bons ralhetes”, recordou. “Se eu dissesse: a pessoa que eu queria ser, com as caraterísticas ideais, seria o meu avô. Foi o meu pai, foi a figura paternal mais presente que eu tive na minha vida e partiu quando eu tinha 8 anos. Foi a primeira vez e a única, até hoje, que eu lidei à séria com a morte, e acho que só estou a aprender a lidar com ela agora”, revelou a artista.

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A artista continuou: “Diria que o meu avô ainda me está a ensinar bastante. Ele ensinou-me a ter mais paciência com as coisas. Morreu quando eu tinha 8 anos, portanto não há assim nada que tenha dito que eu tenha memória, mas conhecendo-o como conheço tenho a certeza que ele me diria para ter calma, para não ficar ansiosa ou ter pressa que as coisas aconteçam. Gosto de imaginar que ele me diria essas coisas”, confessa. Inês afirma também: “Ainda hoje tenho esse lado de criança, de não saber o que é a morte. Pensar que um dia isto acaba para mim ainda é algo que me assusta um bocado”.

“A morte é uma coisa que tento não pensar muito”

“Nas altura, a forma como decidiram contar-me foi um pouco faseada. Nunca acreditei na fantasia de o avô ‘ter ido para o céu’, tiveram de contar-me ‘o teu avô morreu’ e, a partir daí, percebi. Nesse dia escrevi-lhe uma carta, e há poucos dias voltei a lê-la, e achei curiosa a forma como descrevi esse dia, como uma coisa muito clara e rápida: ‘Ele sentiu-se mal, foi operado e morreu”, descreveu. “Portanto a morte é uma coisa que tento não pensar muito, confesso, não fantasiar demasiado mas não pensar muito sobre isso”, encerrou o tema.

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Texto: Luís Duarte Sousa
Fotos: Redes Sociais

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