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“já não sei se virei a casar um dia”, diz IVA LAMARÃO

Famosos

Apresentadora prefere não falar de amores
Foi eleita Miss Portugal há dez anos. Desde então, tem-se dividido entre a moda, a bioquímica e a televisão. Mulher multifacetada, Iva Lamarão, de 28 anos, ainda não sabe o que o futuro lhe reserva mas tem esperança, sobretudo, em ser feliz.

Qui, 06/10/2011 - 23:00

Foi eleita Miss Portugal há dez anos. Desde então, tem-se dividido entre a moda, a bioquímica e a televisão. Mulher multifacetada, Iva Lamarão, de 28 anos, ainda não sabe o que o futuro lhe reserva mas tem esperança, sobretudo, em ser feliz. A relação com Miguel Domingues, também apresentador, tem sofrido altos e baixos. Segundo a VIP apurou, estão neste momento separados – algo que já aconteceu anteriormente. Talvez por isso, opta por não falar no que lhe vai na alma quando se aborda a sua vida sentimental. Sabe que adoraria ser mãe um dia, já o casamento esteve melhor posicionado na sua lista de prioridades.

VIP – Foi Miss Portugal há dez anos, que balanço faz desta década?
Iva Lamarão – Foram dez anos tranquilos e ao mesmo tempo cheios de novidades. Ao ganhar o concurso Miss Portugal comecei a ter mais trabalho como manequim. Depois, inscrevi-me na faculdade, acabei o mestrado em Bioquímica. Comecei a trabalhar em televisão e tenho tido oportunidade de fazer algumas coisas nesta área. Foram dez anos produtivos e felizes.

Sempre quis fazer televisão, ou foi algo que surgiu inesperadamente na sua vida?
Desde miúda que tinha o gosto pela televisão. Comecei a trabalhar como manequim aos 15 anos e sempre mantive a vontade de tentar trabalhar em televisão. Fiz alguns castings e a oportunidade surgiu com o extinto programa das madrugadas Todos Em Linha, produzido pela Freemantle, a quem agradeço do fundo do coração o voto de confiança e oportunidade que me deram.

Mas gosta mais do universo da moda ou da televisão?
Gosto muito de ambos. Foi a trabalhar na moda que comecei e isso permitiu manter­- me na faculdade e acabar os meus estudos. A moda deu-me muitas coisas boas. Enquanto puder, gostava de continuar a trabalhar nesta área, mas a televisão é o caminho que quero percorrer daqui para a frente.

Que projeto gostaria de integrar? Há algum tipo de programa com o qual se identifique especialmente?
Gosto das entrevistas, das reportagens, de uma boa conversa. Acho que um programa com este conteúdo seria interessante para mim. Mas há muita coisa que gostaria de experienciar.

Gostou de apresentar os programas das madrugadas?
Sim, gostei bastante de apresentar as madrugadas, apesar do horário não ter sido fácil… Mas foi a minha primeira experiência em televisão. Foi com o QTT que aprendi o improviso do direto. Embora tenha muita vontade de fazer coisas novas, que me permitam aprender e evoluir. Se me convidassem para voltar a apresentar o programa das madrugadas, aceitaria.

Não era difícil conciliar os horários com uma vida “normal”?
Foi difícil porque durante o dia estava a fazer o meu estágio de Mestrado num laboratório em Lisboa, mas não foi impossível. Consegui conciliar tudo, com a ajuda do meu orientador e colegas de laboratório. Quando se quer muito alguma coisa, tudo se consegue.

Sempre estudou e trabalhou. Foi por opção, ou por necessidade?
Foi por opção, mas também por necessidade. Tenho uma irmã mais nova que também precisou da ajuda dos meus pais e, como tal, achei que devia encontrar o meu próprio caminho. Até para fazer as minhas escolhas livremente e com calma, sem a pressão dos meus pais.

Mas imagino que é difícil, conciliar estudos, trabalho, vida pessoal…?
Nos tempos em que andava constantemente em viagem de Ovar (a minha terra), Coimbra (onde estudava) e Lisboa, ou mesmo durante o ano de estágio no laboratório em que também trabalhava durante a noite, não foi fácil. Mas ainda bem que não foi. Correu tudo bem e consegui fazer tudo. Confesso que por não ter sido fácil, o meu esforço tem hoje outro sabor.
Quando decidiu que queria estudar bioquímica? É possível gostar de duas áreas tão distintas – a ciência e a comunicação?
Quando terminei o ensino secundário fiquei muito confusa porque não sabia que caminho escolher. Os meus pais incentivaram-me a formar-me numa área que não fosse em comunicação. Concorri para vários cursos que achava interessantes, em várias zonas do País e quis o destino que fosse parar a Coimbra e ao curso de Bioquímica.

Está a tirar o Mestrado, tem intenção de fazer carreira na área, ou ainda não sabe o que o futuro lhe reserva?
Já terminei, felizmente. Gostava muito de continuar a trabalhar em televisão e enquanto tiver oportunidade é o que vou fazer. Quero também investir na minha formação nesta área e estou de momento a tirar um curso de Atelier de Televisão.

E os seus pais, têm alguma preferência sobre o “caminho a seguir”?
Os meus pais preferiam que eu tivesse um trabalho mais “certo“, mais garantido… Que é o que todos os pais querem para os filhos, mas que é uma realidade, nos tempos que correm, que está longe da generalidade das pessoas do nosso país.

Vai frequentemente a Ovar?
Vou sempre que posso. É lá que está a minha família, a minha casa…

É muito ligada à sua família?
Sou, muito. Sinto a falta deles aqui em Lisboa, mas a vida é assim mesmo! Peço­- lhes sempre opinião antes de tomar qualquer decisão e falamos várias vezes ao dia.

É capa da GQ de setembro, foi fácil “convencê-la” a aceitar este desafio?
Foi um convite que aceitei com todo o gosto porque considero a GQ uma revista de bom gosto e qualidade. A equipa foi fantástica e muitos deles conhecia já dos tempos em que trabalhei como manequim. Digamos que foi uma continuidade desses tempos, mas foi ,no entanto, a primeira produção que fiz para uma revista masculina.

Lida bem com o seu corpo, ou tem alguns complexos próprios das mulheres?
Lido bem com o meu corpo. Gosto de mim como sou, aceito-me como sou. Mas nos tempos da adolescência tive complexos por ser bastante magrinha.

E o Miguel (Domingues), o que é que achou?
Peço desculpa, mas prefiro não falar da minha vida pessoal.

Isso deve-se ao facto de terem surgido notícias de que não estariam bem?
Prefiro não falar da minha vida pessoal.

Surgiram notícias de que estaria próxima do Mickael Carreira, estas notícias acabam por ter consequências negativas na vossa relação?
Julgo que não faz sentido voltar a justificar o tipo de relação que tenho com o Mickael.

O casamento faz parte dos planos?
Sempre tive o sonho e a vontade de casar pela igreja e pelo civil. Cresci a acompanhar o exemplo dos meus pais e com essa ideia de família. No entanto, hoje em dia já não sei se virei a casar um dia.

Mas sonha com o vestido branco?
Confesso que já tive essa vontade, mas essa não é a realidade de hoje em dia. As pessoas vivem juntas e preferem não casar, porque é caro, porque é um papel. Mas eu continuo a achar que faz sentido. Quero casar uma vez, com a pessoa com quem tiver filhos, acho que isso continua a ser importante.

Acredita no amor eterno?
O amor eterno é o ideal, mas a verdade é que basta olharmos à nossa volta para vermos que isso não acontece. As pessoas não têm paciência, as relações duram menos tempo. A certa altura as coisas fazem sentido e depois podem deixar de fazer. Agora não sou de amores fáceis e acho que as pessoas não devem desistir à primeira dificuldade.

Gostava de ser mãe, ou o relógio biológico ainda não despertou?
Claro que gostava de ser mãe. No meu entender, ser mulher é ser mãe e é algo que quero muito, um dia. Por enquanto o relógio biológico ainda não me despertou para a maternidade.

Como se imagina daqui a dez anos?
Feliz, com um ou dois filhos, a trabalhar no que gosto e com uma maior estabilidade profissional e financeira.

Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Paulo Lopes; Produção: Romão Correia; Maquilhagem: Tita Costa, com produtos L'Oréal e Maybelline Professionnel

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