Inês Herédia
Recorda Pedro Lima em texto emotivo sobre fim de gravações de Quer o Destino

Nacional

Inês Herédia recorda Pedro Lima num texto emotivo sobre o fim das gravações da novela Quer o Destino, da TVI.

Qui, 13/08/2020 - 12:30

Inês Herédia despediu-se do elenco da novela Quer o Destino, da TVI, cujas gravações terminaram esta semana. Num longo texto publicado nas redes sociais, a atriz, que veste a pele de Isabela na trama, teceu rasgados elogios a toda a equipa e ao ambiente que se viveu nos bastidores.

Nas suas palavras emocionadas, Inês recordou ainda Pedro Lima, que perdeu a vida a 20 de junho, e a forma como este trágico acontecimento ‘mexeu’ com o espírito de todos.

«Já nos ouviram muitas vezes a dizer que somos uma equipa muito unida, é uma responsabilidade muito grande dizer isto, cada vez que o digo, olho para dentro e pergunto-me se dei mesmo a mão a toda a gente. O Pedro Lima partiu há umas semanas e com a partida dele, decidimos ser mais atentos uns aos outros e digo-vos uma coisa, não há maneira mais bonita de viver do que esta», escreveu.

«Não há outra que valha a pena. Nas últimas semanas senti que levei muita gente ao colo, mas acima de tudo, senti uma força gigantesca de uma equipa verdadeiramente coesa que também me levou ao colo e protegeu numa fase em que o desgaste físico e emocional não me queriam deixar andar de pé», revelou, acrescentando: «Por causa deles, não houve um dia em que perdesse a minha felicidade, alegria e histeria a trabalhar.»

A paixão crescente pela personagem ‘Isabela’

Neste texto, Inês Herédia conta ainda que, no início da novela, não estava muito contente com a sua personagem, mas que, à medida que os episódios avançavam, se foi apaixonando por ela. «A primeira vez que a minha agente me pôs a Isabela à frente, chutei-a para canto. Só queria uma personagem com camadas e não via nada ali».

«Tínhamos a adaptação chilena para nos guiar enquanto os episódios portugueses não saiam e eu não encontrava interesse nenhum na Isabela. Não conhecia a Helena Amaral [autora] nem do elétrico, não sabia que ela ia cavar na Isabela todas as camadas da crosta terrestre. A Helena desenhou umas escadas que a Isabela foi descendo degrau a degrau, passando despercebida mas sendo cada vez mais evidente à medida que ia desaparecendo», disse ainda.

«Fogo, há alguma coisa mais bonita do que poder trabalhar isto? Alguém a desaparecer na paisagem e essa ausência ser o que torna a personagem mais gritante? A ausência de si mesmo. Bolas que privilégio. Obrigada Helena e Helenettes», continuou.

A atriz sublinhou ainda o trabalho realizado por vários profissionais que estiveram envolvidos neste projeto e as dificuldades que encontraram ao longo do caminho: «Atravessámos uma pandemia; muitas perdas; o Black Lives Matter; e tantas outras coisas. Crescemos juntos numa época de revolução. Demos as mãos e conseguimos permanecer no barco. Que orgulho. Que fortaleza».

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: reprodução redes sociais e divulgação TVI

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