Histórias da vida real
«Antes de ser mãe, perdi um bebé à nascença e outro aos 6 meses de gravidez»

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Perdeu os dois primeiros bebés, mas não desistiu de conseguir ser mãe. Eis a história de uma mulher que conseguiu realizar o seu maior sonho.

Qui, 28/03/2019 - 17:08

Costumam chamar-me de mulher-coragem. Tudo porque não desisti de ser mãe, mesmo depois de tanto sofrimento. Já passaram alguns anos, mas nem eu nem o meu marido nos esquecemos dos dois bebés que perdemos.

Casámos novos e tínhamos o sonho de ter três filhos. Engravidei cedo. Vivemos nove meses no paraíso. As expectativas eram muitas, só queríamos que viesse perfeitinho. Era um menino. Um menino… Ainda me custa recordar. Estava tudo pronto para a sua chegada triunfal.

Foi tão triunfal, que assim que nasceu colocou várias equipas médicas do hospital na minha sala de partos. Eu não estava a perceber o que se passava… Apenas percebi que ele não chorou à nascença. E aí… Ui… Aí o meu coração começou a bater numa rapidez que desconhecia. A ansiedade tomou conta de mim e comecei a gritar. Até que alguém me agarrou e disse: «Calma, por favor, calma! Você é jovem, vai conseguir ter outro bebé…» Parece fácil dizer. Nove meses de paraíso! NOVE MESES PORRA! Porquê a mim? Essa enfermeira chorou agarrada a mim.

Soube depois que também tinha perdido um bebé há pouco tempo da mesma forma: sufocado com o cordão umbilical ao pescoço.
Chorei muito. Meses a fio… Dormia no chão do quarto dele. Até um dia em que me levantei e decidi voltar a tentar. Demorámos um ano para engravidar pela segunda vez. Mas quando aconteceu… Jesus! Até fui a Fátima!

Vivia uma gravidez maravilhosa, cheia de amor e carinho… Com imensos cuidados! Super controlada! Decidi, já aos seis meses de gestação e com a autorização do médico, visitar a minha irmã, que vive em França. Correu tudo lindamente. Adorei lá ir. Eu e o meu marido voltámos a sorrir como dantes. Mas o inesperado aconteceu…

Na semana seguinte à viagem, estava eu no meu local de trabalho, quando começo a perceber que já não sentia a bebé há várias horas. Desta vez, a menina que aí vinha era super irrequieta e até durante a noite eu conseguia sentir os seus pontapés.

Fiquei em pânico! Liguei ao meu marido e corri para o médico. A pior notícia: o coração deixou de bater. Carregava uma bebé morta dentro de mim há horas! Desta vez achei que não ia resistir a tanta dor. Ainda por cima a partir dos cinco meses temos de registar o óbito e fazer o funeral. Ainda hoje choro ao lembrar-me daquele pequenino caixão.

Leia aqui o artigo na íntegra.

 

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