“Quando conheci a Kate, sabia que havia algo de muito especial nela. Tinha a certeza de que era algo que gostaria de explorar mais. Acabámos por nos tornar amigos e construímos uma boa base para a relação.” Foi assim que o príncipe William definiu Kate Middleton – com quem se vai casar amanhã, dia 29 –, na conferência de imprensa a seguir ao anúncio ao noivado. Um acontecimento que era há muito aguardado, quer por Kate – que era tratada pelos mais maldosos como Waity Katy, ou seja, "Katy à espera" –, quer pelos súbditos ingleses.
A história de amor do casal que troca alianças na Abadia de Westminster, pelas 11 horas, parece ter estado destinada a acontecer desde o dia em que ambos nasceram. E terá iniciado muito antes de os dois terem começado a namorar. Kate, que vem de uma família de classe média alta que sempre fez de tudo para que ela tivesse uma boa educação, era uma jovem como todas as outras. E, tal como a maioria, era fã de… William. Conta o livro William e Kate – Uma História de Amor Real, da Guerra & Paz, lançado esta semana, que ela teria, inclusive, um poster do príncipe no quarto. Facto que a própria desmentiu durante a conferência de imprensa do noivado. “Eu tinha uma foto de um modelo da Levi’s na minha parede, não uma do William”, referiu, bem-disposta. William respondeu à letra, entre risos: “Na verdade, era eu que vestia umas Levi’s.”
O sentido de humor é uma das características que une o casal. “Ela tem um sentido de humor muito ousado, o que me ajuda, porque o meu é muito seco. Divertimo-nos muito – foi assim que tudo começou a acontecer”, revelou o príncipe, que conheceu a noiva na Universidade de St. Andrews, no Outono de 2001. Ano em que ambos entraram naquela escola. Porém, o curso de História de Arte que tinha escolhido não era o que esperava e William passou momentos complicados a decidir se havia de desistir ou não dos estudos. Kate, que frequentava as mesmas aulas do príncipe, tornou-se amiga dele. Ambos partilhavam o gosto pelo desporto e a amizade dos dois ter-se-á estreitado durante uma partida de ténis. No entanto, Kate namorava um estudante de Direito, mais velho, chamado Rupert Finch, o que tornava a relação com William platónica. Contudo, isso não impediu que os dois se tornassem os melhores amigos.
Em Janeiro de 2002 tudo mudou na maneira como William olhava para a amiga e confidente Kate. A jovem, bonita e atlética, foi convidada para ser modelo num desfile da universidade. O príncipe terá comprado o bilhete VIP, de 200 libras (226 euros), para assistir na primeira fila ao evento. E nunca se arrependeu do dinheiro dado. Kate surgiu com um vestido de renda preto sob um biquíni preto cai-cai. Surpreendeu tudo e todos, especialmente William, que percebeu ter encontrado a sua princesa.
Já no segundo ano, William procurou uma casa para arrendar perto do campus universitário e dividiu-a com o amigo Elton Fergus Boyd e com… Kate Middleton. Terá sido então que o romance começou. “Fomos amigos por mais de um ano e a relação surgiu a partir daí. Passámos mais tempo juntos, rimos muito, divertimo-nos muito e percebemos que tínhamos os mesmos interesses e nos dávamos muito bem”, explicou o príncipe na conferência de imprensa. De facto, a cumplicidade entre os dois era tanta, que em Maio de 2003 o The Sun fazia a primeira capa com a jovem. “A Especial K de William” lia-se na manchete do jornal inglês. Na altura, Kate já não namorava Rupert e, ao que tudo indica, o casal terá passado o Natal de 2003 já como namorados.
O primeiro beijo e a separação
A partir daí, Kate começou a surgir mais próxima da família real. Em Março de 2003, os dois viajaram juntos para a Escócia. A primeira de muitas viagens juntos. De facto, foi numa viagem à neve – na qual também participaram o irmão Harry e o pai Carlos – que o romance se tornou público, pois o casal foi fotografado junto pela primeira vez. Também foi noutra ida à neve, mas na estância de Klosters, no início de 2006, que os dois foram fotografados a trocar o primeiro beijo.
O conto de fadas parecia estar bem encaminhado. Mas tal como nas histórias de encantar, há sempre um período negro. Na relação de Kate e William, esse começou a delinear-se quando o príncipe se candidatou e foi aceite para o treino militar na Real Academia Militar, em Sandhurst, Berkshire, em 2006. Um curso que se adivinhava longo – 44 semanas. Isso significaria que o casal iria passar por grandes períodos de ausência que poderiam desgastar a relação, tal como tinha acontecido com o namoro entre Harry e Chelsy Davy, e antes, entre o príncipe André e Sarah Ferguson.
De facto, durante essas semanas viam-se pouco e William preferia passar a noite com os companheiros oficiais de cavalaria, do que conduzir até Chelsea ou Bucklebury para ver a namorada. A juntar a este afastamento, começaram a aparecer raparigas na Imprensa que sugeriam ter tido algum envolvimento com o príncipe. Isso foi a "gota de água" para o namoro, que terminou depois de Lisa Agar ter passado uma noite num bar com William e ter contado à Imprensa: “Nem uma vez ele falou sobre a Kate. Era como se ela não existisse. Passei quase o tempo todo no bar com ele – bebemos, dançámos e depois fomos para casa dele.” A 14 de Abril de 2007 o The Sun fazia capa com a separação dos dois.
Kate não se deixou abater e esforçou-se por continuar a surgir socialmente sempre animada e rodeada de amigos. Mas a ruptura não durou muito tempo. Em Junho, Kate reaparecia com William numa festa de gala do Exército, cujo tema era Moulin Rouge, já com as pazes feitas. Pouco tempo depois, William levou-a à festa do 60.º aniversário de Camilla Parker-Bowles. No início de 2008, o príncipe começou um novo treino para a força aérea e naval e Kate foi uma das que aplaudiu de forma mais efusiva quando o amado recebeu as asas provisórias de Carlos, no Cranwell, ao final das 12 semanas de curso.
O tempo foi passando e, no início de 2010, já todos se questionavam quando William iria pedir Kate em casamento. William respondeu a isso com humor na conferência de imprensa do noivado. “Não sabia que era uma corrida, senão teria sido muito mais rápido. Mas também creio que o momento certo é agora”, disse. De facto, o momento certo chegou em Novembro de 2010, durante umas férias no Quénia. Sobre a forma como foi feito o pedido, nem Kate, nem William se alongaram, tendo até mantido em segredo se o príncipe se ajoelhou para pedir a mão da namorada em casamento, ou não. “Foi muito romântico, mas muito pessoal”, justificou a jovem no anúncio do noivado no Palácio de St. James. Na mesma altura o noivo contou: “Eu andava com o anel na mochila há três semanas e não a soltava. Levava-a para todo o lado, porque sabia que se o anel desaparecesse, teria problemas. Acabamos por ouvir um monte de histórias sobre pedidos que correram mal. Foi muito, muito bom ouvir o ‘sim’.” O casamento está marcado para a próxima sexta-feira, dia 29, depois do qual se espera que os príncipes vivam felizes para sempre.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Gtresonline e Impala
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