Filipa Maló Franco
Dá lição de parentalidade: “O colo não vicia. O que me preocupa é a falta dele”

Nacional

Filipa Malo Franco tornou-se mãe de Tomás há quase cinco meses e está rendida ao mundo da maternidade. Agora, partilha o que vai aprendendo com os fãs

Ter, 30/11/2021 - 16:28

Filipa Malo Franco tornou-se mãe de Tomás há quase cinco meses. A ex-atriz, que ficou conhecida como Clarinha, na série “Super Pai”, agora é psicóloga clínica e tem aproveitado os conhecimentos que tem adquirido com a maternidade para partilhar com os internautas. 

Esta segunda-feira, dia 29 de novembro, Filipa deu uma autêntica lição de parentalidade no Instagram. “Algo que tenho pensado muito neste mundo da parentalidade. Com tantos palpites, regras e métodos para tudo, olhando o bebé como um ser capaz de se adaptar ao adulto, quando e como se deseja. Penso que vivemos invertendo os papéis, onde o instinto fica longe e nos queremos aproximar da norma, do “ideal”, do que dá “menos trabalho”. O sono, o colo e a amamentação são os temas que mais surgem e são milhares os truques e dicas para um bebé se adaptar ao adulto, ou aprender a não solicitar o colo. Como se não fosse normal e esperado. E isso assusta”, começou por escrever.

Filipa Malo Franco refletiu sobre as tão discutidas noites mal dormidas e o colo. “O sono, porque o bebé “deve dormir a noite toda” e se não dorme, tem de o aprender. Sozinho. O colo, porque um bebé “deve” saber auto-regular-se, com um qb de afecto e mimo para não estragar. O mote: quanto menos sentir melhor e se fizer birras, está mimado.”

Seguidamente, referiu ainda o facto de a amamentação ser julgada por todos os que rodeiam mãe e bebé. “A amamentação, porque o que importa é o peso (acima de tudo), e ora a mãe peca porque amamenta e o leite é fraco, ora porque não amamenta e é má mãe. No final da história, claro, o final é sempre idêntico (spoiler alert): a culpa é da mãe.”

“O adulto é que se deve adaptar ao seu bebé”

Como conclusão, Filipa Malo Franco reforçou: “Mas é curioso que no final dos dias, quase todas sentimos o mesmo. Mas não o dizemos. Ou se o fazemos, é num sussurro para ninguém ouvir… porque a dúvida tem lugar cativo e somos especialistas em silenciar o nosso coração. Então eu grito: O colo não vicia. O que me preocupa é a falta dele”.

“O adulto é que se deve adaptar ao SEU bebé, que é diferente dos outros, com ritmos também distintos e ainda bem. Não é esperado que os bebés sejam autónomos, aliás, muito longe disso e cabe ao adulto promover um ambiente de segurança acima de tudo. Nunca esquecendo que o deixar chorar, ensina mais acerca das relações do que tudo o resto. E o silêncio do bebé, não é sinal de aprendizagem, mas de conformismo. Não existem leites fracos. A amamentação não define uma boa mãe. E o percentil não é preditor de felicidade e amor, que isso sim, é que deveria interessar.”

Esta mensagem, publicada juntamente com uma fotografia onde aparece com o filho ao colo, recebeu uma maré de aplausos. “Concordo a 200%”, “revejo-me em tudo”, “o melhor que já li”, escreveram os seguidores.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reprodução Instagram

 

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