Fernando Tordo
«Nunca consegui fazer nada completamente bêbedo»

Nacional

Em entrevista exclusiva a Daniel Oliveira, no programa Alta Definição, da SIC, Fernando Tordo revelou pormenores sobre o problema do álcool.

Sáb, 31/03/2018 - 21:37

Tourada, Estrela da Tarde, Lisboa Menina e Moça, Cavalo à Solta e Adeus, Tristeza foram apenas alguns dos temas que Fernando Tordo compôs ao longo da sua carreira, onde já conquistou mais de 50 anos de canções.

«Boa gente», «sério» e «benfiquista» é como se caracteriza aos 70 anos de idade, feitos esta quinta-feira, dia 29 de março. O cantor e compositor português participou cinco vezes como intérprete no Festival da Canção e venceu duas vezes, em 1973 com a canção Tourada e em 1977 com Portugal no Coração.

Sábado, 31 de março, Fernado Tordo foi convidado por Daniel Olivera para uma entrevista intimista no programa Alta Definição, da SIC. O cantor revelou pormenores sobre o seu problema com o álcool. Um drama que fica para sempre marcado na vida de qualquer um.

«Adoro ver as pessoas que sabem beber a beber»

Há 12 anos, com 58, tomou a decisão mais importante da sua vida: «deixar de beber». «Eu bebia excessivamente, mas tinha uma vontade doida de deixar e, nesse processo, também, aproveitei para deixar de fumar.»

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Fernando Tordo tomou esta decisão de forma muito rápida. «Naquele momento em que a gente se encontra com o nosso outro, aquele fantasma, e ele te diz ‘o que é que tu queres, matar-te?’ é uma decisão muito rápida de se tomar, e é possível, é uma decisão interior», revelou.

Tordo puxou a conversa do alcoolismo porque acha ser a sua missão falar sobre este assunto. O cantor sente que tem o dever de ajudar quanto a este problema. «Adoro ver as pessoas que sabem beber a beber, mas um alcoólico não sabe beber», afirmou.

«Nunca consegui fazer nada completamente bêbado»

Sem medo, Fernado Tordo falou sobre este drama abertamente. «Aquela ideia mentirosa de que as drogas dão poder criativo? Nunca consegui fazer nada completamente bêbado, nunca consegui escrever cantiga nenhuma», confessou.

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Quando questinado por Daniel Olivera sobre o que sentiu quando «perdeu o pé em relação à bebida», o compositor foi claro. «Tenho a imagem de profunda aflição. De perceber que estava sem controlo, que estava a incomodar o processo à minha volta e as outras pessoas e, principalmente, o profundo drama dentro de mim.»

Hoje em dia, ainda frequenta as reuniões dos Alcoólicos Anónimos. É lá, nesse círculo, que aprendeu a «saber pedir desculpa», concluiu.

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