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FÁTIMA VILELA despede-se da casa onde viveu 12 anos e inicia com o marido uma nova etapa

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“Grande parte de mim e da minha vida fica dentro destas paredes”
Ano novo, casa nova vai ser a resolução de Fátima Vilela quando festejar o réveillon. Dez anos depois de se ter mudado com o marido António Vilela e com os dois filhos para uma vivenda em Cascais, chegou a hora de o casal estrear um novo espaço, bem perto deste, “mas mais atual e mais pequeno”, explica a própria, que não esconde à VIP que esta mudança “foi muito pensada”.

Sex, 02/12/2011 - 0:00

Ano novo, casa nova vai ser a resolução de Fátima Vilela quando festejar o réveillon. Dez anos depois de se ter mudado com o marido António Vilela e com os dois filhos para uma vivenda em Cascais, chegou a hora de o casal estrear um novo espaço, bem perto deste, “mas mais atual e mais pequeno”, explica a própria, que não esconde à VIP que esta mudança “foi muito pensada”. Mesmo assim, admite que parte de si fica dentro destas paredes, que agora mostramos.

VIP – Vai mudar de casa. Porquê esta decisão?
Fátima Vilela – Quando nos mudámos para cá, os meus filhos eram adolescentes. Cresceram e agora têm a casa deles. De um momento para o outro, este espaço ficou grande demais para mim e para o meu marido. Depois, em agosto fomos assaltados duas vezes na mesma semana e eu comecei a sentir medo de morar aqui.

Quais foram as consequências desse assalto na sua vida?
A sensação de saber que alguém que não conhecemos entrou no nosso espaço é horrível. Desde então que a minha vontade de estar aqui se alterou. Comecei a desinteressar-me por esta casa. Não escondo: sinto medo de estar aqui. O meu marido está constantemente fora em trabalho e nos dias em que ele não está cá, vou dormir a um hotel. Com isto, chegou o momento de nos mudarmos.

Quais as recordações que guarda desta casa?
Foram dez anos a viver neste espaço. Esta é a minha casa, gosto muito dela. Aqui, aconteceram coisas muito importantes na minha vida. Nesta casa festejei os meus 50 anos e festejei os 50 anos de casados dos meus pais. Grande parte de mim e da minha vida vai ficar dentro destas paredes.

Ainda se lembra da primeira noite que aqui passou?
Quando entrei aqui pela primeira vez, disse logo: “Esta é a minha casa.” Tem uma energia própria muito forte. E o mais engraçado é que desde o primeiro dia que aqui entrei, que digo que a casa gosta de mim.

Qual a divisão que destaca?
Sem dúvida, o jardim. O nosso jardim é o meu espaço preferido. Quando está sol é ótimo fazer ali as refeições. Como faço anos em julho, aproveito sempre este espaço da melhor maneira. É também no jardim que gosto de ter os meus momentos introspetivos ou pintar.

Nota-se que vive muito para a casa. Foi sempre esta a sua ambição?
Trabalhei em duas empresas da área da construção civil. Anos mais tarde deixei de trabalhar porque os meus filhos precisavam de alguém sempre presente, já que o meu marido passa muito tempo fora do País, em trabalho.

Não se arrepende dessa decisão?
Não. Esta decisão fez com que eu conquistasse aquilo que considero mais importante na vida de alguém: uma família. Casei-me há 28 anos e tenho dois filhos por quem sou apaixonadíssima. Claro que também há dificuldades. Gerir tudo de forma a que as coisas deslizem sobre rodas é, sem dúvida, a maior dificuldade.

O recheio da sua casa é muito rico. Qual a importância que dá a estes bens materiais?
Gosto de ter as coisas, mas não vivo para elas. Não é da minha personalidade e aquilo que tenho, não coleciono pela quantidade, mas para observar a forma como cada criador interpreta o objeto em questão. Tenho muitas imagens do Santo António e nenhuma é igual. É interessante ver aquilo que cada pessoa consegue imaginar acerca de alguém que existiu e que não conhecemos. O mesmo em relação aos Cristos, que tenho pendurados na parede. São imagens originárias de vários cantos do mundo, com características diferentes, intrínsecas ao país onde pertencem.

É uma mulher de fé?
Sou religiosa, sou crente e sou cristã. Não vou à missa. Todos os dias converso com Deus e quando sinto necessidade de ouvir a sua palavra, então assisto a uma missa. Todos os dias agradeço a Deus cada dia que passo junto dos meus e peço-lhe proteção e saúde. Com saúde tudo se ultrapassa. Que nos vale ter uma vida rica se não tivermos saúde?

É uma mulher rica?
Não sou rica e não sou uma “dondoca”. Muito menos vivo em função daquilo que se tem ou que se mostra que tem. Ter conforto é bom, claro. Costumo dizer que aquilo que tenho é fruto de um esforço conjunto, meu e do meu marido. Ele trabalha na profissão dele, eu trabalho dentro na nossa casa, em prol do nosso bem-estar e da nossa felicidade. A felicidade está dentro de nós, com aquilo que nós temos a cada momento. Nem sempre os meus melhores momentos foram proporcionados pelas minhas possibilidades financeiras.

Texto: Micaela Neves; Fotos: Paulo Lopes

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