As explicações de Rosa Grilo em tribunal
A mudança da mobília e a troca de mensagens no dia do crime

Nacional

Rosa Grilo mudou a decoração do quarto a seguir ao crime e explica que a mãe «ia ser operada à anca e iria ficar uns dias em casa» do casal.

Ter, 17/09/2019 - 15:37

Em julgamento, esta terça-feira, 17 de setembro, Rosa Grilo explica ter mudado a decoração do quarto de hóspedes a seguir ao crime porque, segundo a arguida, a mãe «ia ser operada à anca e iria ficar uns dias» em casa do casal.

Para isso, Rosa Grilo desfez-se da cama de casal e comprou duas individuais. Justifica-o com o facto de a cama da mãe ser «articulada». A juíza quesyiona-a. Não seria «mais facil desmanchar a de casal e meter a articulada» no quarto? «Que necessidade que sentiu de o fazer, ainda por cima neste momento da sua vida?» Rosa responde: «Assim ficaria com o quarto completo para o futuro.»

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Rosa Grilo afirma que «não pensou em nada» e irrita juíza

No dia do crime, em que, segundo Rosa Grilo, estavam ambos (ela e o marido) sequestrados pelos «angolanos» em casa, a serem agredidos pelos mesmos, a arguida envia, às 12h15, uma mensagem a Inês (funcionária da empresa) a explicar que ia «fazer um exame» e que, por isso, ela e Luís Grilo «não iam trabalhar». De acordo com a Investigação, Inês responde. «Boa sorte.» Na mensagem, acrescentaria ainda que «estava tudo calmo» no escritório. Rosa responde. «Boa! Eheheh.»

Esta «normalidade no comportamento» da arguida não é bem entendida pela juíza.

«A senhora tem esta presença de espírito para estar a trocar mensagens com esta naturalidade enquanto está a ser ameaçada de morte e o Luís amarrado e agredido? Como é que a senhora se lembra e troca mensagens perante o quadro que está a viver? Não se limita a responder a uma. Mantém uma troca de mensagens enquanto estavam a ser agredidos.» Rosa diz que era apenas para «manter a calma» e evitar que fosse contactada «mais vezes» naquele dia.

«Nada do que fiz foi normal. Não pensei em nada!» A alegação não convence a juíza. «Desculpe, mas a senhora pensou! Pensou no teor das mensagens, onde não se vislumbram respostas desadequadas. Não evidencia nenhum estado de perturbação em que a senhora responda de forma desorganizada.»

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