Entrevista a Débora Monteiro
«Sou uma mulher real que não deixa de ser bonita por ter curvas»

Nacional

Com apenas 14 anos, Débora Monteiro estreou-se no mundo da moda: «A minha mãe chegou a comprar roupas a prestação para eu ir bonita a castings»

Qua, 14/11/2018 - 10:40

Atriz, modelo, manequim e empresária. Aos 35 anos, Débora Monteiro é uma das celebridades mais versáteis e mais queridas dos portugueses. Recentemente, despediu-se da personagem da São, na novela da SIC «Paixão», mas ficar de braços cruzados não é algo a que Débora nos tenha habituado. Com apenas 14 anos começou a sua carreira na Moda. Das passerelles ao videoclip dos Fingertips, Débora Monteiro chegou ao pequeno ecrã em 2006, através da personagem Helena, na produção nacional «Tempo de Viver», da TVI. Hoje, a artista já é uma presença estimada à hora de jantar, em casa de muitos portugueses.

Contudo, o caminho nem sempre foi fácil para Débora. Por várias vezes, a atriz fala, com mais orgulho do que tristeza, dos tempos em que sem grandes condições não desistiu de forjar as suas próprias oportunidades, especialmente no campo profissional. Débora chegou a confessar que quando era mais nova passou graves dificuldades financeiras e que chegou a «passar fome».

No entanto, houve uma coisa que nunca faltou à artista: amor. Com uma relação muito forte e próxima com a mãe, Débora Monteiro nunca escondeu os sacrifícios e o apoio que a progenitora lhe deu, ajudando-a sempre a ir à procura de concretizar os seus sonhos. «A minha mãe chegou a comprar roupas a prestação para eu ir bonita a castings», contou em lágrimas em entrevista no Alta Definição. Décadas mais tarde, ao que parece, Débora continua com sorte no amor. Numa relação de sete anos com Miguel Mouzinho, a atriz revela-se feliz e orgulhosa do relacionamento.

O site da Impala esteve com Débora Monteiro no lançamento da nova colecção da C&A, para voltar a ver a atriz a desfilar e, claro, para pôr a conversa em dia.

Como foi voltar a desfilar e regressar ao mundo da Moda?

Foi muito giro. É sempre uma experiência nova e é sempre bom voltar à Moda. Mas como já estava há algum tempo sem desfilar, estava um bocadinho nervosa, tenho de admitir, especialmente quando vi a passarelle [que  implicava subir ao balcão de um bar]. A mim, por acaso, não me aconteceu nada, mas houve outras raparigas que escorregaram. Ao início sentia algumas vertigens, não estava a contar com uma passerelle assim, mas depois pensei: ‘isto é estreitinho, mas eu consigo’. E depois claro que o nervoso miudinho também acaba por ajudar: ‘ok, tenho de fazer, vou conseguir’. E acabou por ser um desafio giro e diverti-me.

E como surgiu esta hipótese de desfilar para a C&A?

Fiquei muito contente com o convite da C&A, porque é uma marca que representa vários tipos de corpos e não tem só um padrão de beleza. Contraria um bocado aquela noção de que a mulher bonita é forçosamente magra, o que penso ser muito importante com tantas miúdas que, hoje em dia, seguem Instagrams e outras pessoas nas redes sociais e acabam por tentar ser iguais a outras miúdas. É importante relembrar que todas temos corpos e estruturas diferentes. Portanto, fiquei muito feliz por me terem convidado, porque sou uma mulher com curvas, ‘grande’, uma mulher real que não deixa de ser bonita por ter curvas.

LEIA AQUI A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA.

Texto: Mafalda Tello Silva – Redação Win – Conteúdos Digitais | Fotos: Arquivo Impala e Reprodução Instagram

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