O músico José da Ponte faleceu no passado dia 29, aos 60 anos, no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa. Por sua vontade expressa, o velório realizou-se na Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), entidade à qual estava ligado desde 2007, altura em que liderou o Comité de Apoio aos Músicos e Autores e, posteriormente, presidiu ao conselho fiscal. Após uma pequena cerimónia na SPA, o funeral seguiu para o cemitério de Silves, terra natal do músico, onde foi sepultado. Ao longo do velório e da cerimónia evocativa, foram muitos os colegas de profissão, amigos e elementos dos corpos dirigentes da SPA que por lá passaram, para deixar mensagens de apoio à família, nomeadamente à viúva e à filha do músico.
Ao longo das últimas quatro décadas, José da Ponte foi uma figura de proa da música portuguesa, embora muitas vezes longe das luzes da ribalta, como produtor, instrumentista e autor musical, nomeadamente de jingles publicitários. Fundou o grupo Salada de Frutas com Lena d’Água e Luís Pedro Fonseca, foi um dos responsáveis pelos estúdios Namouche, onde produziu trabalhos das cantoras Dora e Dulce Pontes, e colaborou ainda em discos de Pedro Barroso, Jorge Palma e António Variações. Nos últimos anos, o seu nome estava ligado à Sociedade Portuguesa de Autores e participou no júri da terceira edição de Operação Triunfo.
Texto: Luís Peniche; Fotos: Helena Morais e Tito Calado
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