Eduardo Madeira
Partilha: “Ainda estou praticamente a começar, sou um garoto”

Nacional

Eduardo Madeira é um dos humoristas que irá subir ao palco do SOLRIR, no Algarve já esta noite. Em entrevista, fala das suas motivações, da mulher e das críticas por ter ido trabalhar com Cristina Ferreira.

Sex, 30/12/2022 - 12:30

Eduardo Madeira é um dos humoristas que irá subir ao palco do SOLRIR, no Algarve, dia 30 de dezembro, no Palácio dos Congressos do Algarve, na Guia, Albufeira e que acontece dia 30 de dezembro e 1 de janeiro, e irá substituir António Raminhos que não pode ir à última da hora.

Eduardo Madeira junta-se assim a Luís Filipe Borges, Vasco Correia, Hugo Sousa e Abdias Melo que também fazem parte do painel. Em entrevista à Maria, Eduardo Madeira revela como será o seu Natal e a passagem de ano, conta o que mudou desde que foi pai, de Tomé, dois anos, e que novos projetos lhe trará 2023.

O Eduardo Madeira é um dos humoristas do SOLRIR. Como reagiu a este convite?

Foi inesperado. Estive muitas vezes no SOLRIR mas este ano não contava. Tudo aconteceu porque o (António) Raminho não conseguiu e acabaram por me escolher a mim. Dia 30 ainda não tinha nada agendado e lá vou eu.

Acabar o ano a trabalhar é a melhor forma de terminar 2022 e iniciar 2023?

Sim, acabar o ano a trabalhar significa começar 2023 a receber. E isso é muito simpático.

O que podemos esperar deste espetáculo? Aproveita e leva a família toda para o Algarve e passa lá o ano?

Podemos esperar um show de variedades com muita interação com o público. Vai ser de arromba. Vou levar a minha mulher, a lendária Joana, para festejar. Foi no SOLRIR que a pedi em casamento e vamos celebrar esse momento.

Gosta de comemorar a passagem de ano?

Gosto de festas no geral. O Réveillon é uma bela festa. Gosto muito.

Tem alguma tradição?

Normalmente dão-me passas e obrigam-me a vestir roupa interior azul. Mas não sou muito de ter grandes tradições a não ser divertir-me. Por vezes divirto-me e trabalho ao mesmo tempo. É assim.

 

Tem algum desejo para 2023?

Desejo a todos o dobro do que desejo para mim. Ou seja, quem me deseja sorte terá sorte a dobrar. Quem me deseja que nasça uma verruga no rabo, que lhe nasçam duas. E grandes.

 

O que podemos esperar de si para o próximo ano em termos profissionais?

Muitas surpresas. Tanto na televisão, como no cinema, como ao vivo.

Eduardo Madeira: “Com a Cristina (Ferreira) cheguei a muito mais pessoas

O Eduardo é um nome incontornável no humor. É sempre fácil, para si, fazer rir os outros?

Fácil não é. Mas é o meu propósito, a minha missão e o meu trabalho. Logo convém que seja bom. Caso contrário o público vai à procura de outros, de outra coisa.

Tem 20 anos de carreira. Como olha para trás para o seu percurso? Sente que sempre foi reconhecido tanto no meio como pelo público?

Não sou muito saudosista. Tenho um passado com muitos momentos de que me posso orgulhar. Outros nem tanto, que são felizmente menos. Mas todos fazem parte da minha vida e ajudaram-me. Penso que sou melhor artista hoje do que há 20 anos. E quero ser melhor daqui a outros 20. Ainda estou praticamente a começar. Sou um garoto. O melhor está para vir.

O Eduardo ganhou ainda mais mediatismo desde que começou a trabalhar diretamente com Cristina Ferreira e muitas vezes é criticado. Como explica que tal aconteça?

Há um grupo de fãs meus que não perdoaram ter ido trabalhar com a Cristina. Mas nós temos de arriscar, procurar desafios, ir à aventura. Só as árvores ficam no mesmo sítio.

Magoa-o ou não liga ao que dizem sobre si?

Magoa se forem pessoas que gostam mesmo de mim. Os que dizem mal por dizer não aquece nem arrefece.

Sente que a Cristina lhe deu o reconhecimento que se calhar não lhe deram antes?

Sim, com a Cristina cheguei a muito mais pessoas. Muitos só me conheceram mesmo nessa altura. Foi muito positivo. Ela foi importante para que mais pessoas reconhecessem o meu trabalho.

Críticas a Joana Madeira magoam Eduardo Madeira

Tem um casamento feliz com a Joana com quem construiu uma família. É a prova que a diferença de idades é apenas um número?

O amor é o amor. Não conhece idades, raças, religiões, sexo, cor clubística, etc. É a força maior do planeta. Pratiquem amiúde.

Como lida com as críticas que muitas vezes são feitas à Joana?

Doem mais do que a mim. Se pudesse ia às ventas a cada um que a crítica. Mas depois faço meditação e acalmo-me. Temos de aceitar as visões de todos. Mesmo dos sacanas. É preciso paz.

É pai de Rodrigo, de 19 anos, Leonor, de oito, e de Carolina, de quase dois. Como é como pai?

Sou um pai muito orgulhoso da minha condição. Amo-os profundamente e eles sabem.

É hoje um pai diferente de quando nasceu o Rodrigo?

Sempre fui um pai presente. No entanto agora tenho mais noção de que há momentos irrepetíveis. Logo não perco nada. Quero a experiência completa.

 

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Instagram

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