Diogo Carmona
Mãe recorda dia em que «cruelmente teve de decidir» amputar o pé do filho

Nacional

Diogo Carmona foi colhido por um comboio há um ano. A mãe, com quem o ator não tem contacto, recordou esse dia e o «telefonema mais difícil» da sua vida.

Seg, 26/10/2020 - 16:42

«Faz hoje um ano… sim, um ano desde que recebi o telefonema mais difícil da vida, onde me deram a notícia mais dolorosa de ouvir», começou por escrever Patrícia Carmona nas redes sociais, recordando o dia 26 de outubro de 2019, quando o filho, Diogo Carmona, foi colhido por um comboio na linha de Cascais.

Num longo desabafo partilhado nas redes sociais e citado pela N-TV, a mãe do ator de Golpe de Sorte, da SIC, afirma que foi ela quem optou por amputar o pé pelo filho. «Faz hoje um ano que cruelmente tive de decidir pelo meu filho amputar-lhe parte do seu corpo para lhe salvar a vida», relata.

Patrícia e Diogo estão de costas voltadas desde antes do acidente, com acusações mútuas que envolvem roubo de dinheiro a violência doméstica. «Faz um ano que não abraço o meu filho, e não sei ainda viver com esta nova realidade, da sua ausência perto de mim e da sua nova condição física. A meu lado nesse dia, bem como em todos os outros, tive e tenho os melhores amigos, que me ampararam e guiaram no caos da minha dor», prossegue.

«Sinto dor, saudade, mas o amor de mãe supera tudo»

«Éramos 13 no hospital, que não saímos por um segundo dali, pelo Diogo, ainda que ele já nessa altura rejeitasse o carinho de todos nós que o amamos. Ele sabe… ele sabe que os erros lhe vão um dia ser perdoados e que essas pessoas também gostam muito dele. E eu agradeço a cada dia às pessoas que ali estiveram, e aprendi nesse dia quem são os nossos verdadeiros amigos com quem posso ou não contar», adianta ainda.

A terminar, uma declaração de saudade: «Quanto ao que eu sinto… dor, saudade, tristeza, mas amor. E o amor de mãe supera tudo, aceita as coisas como a vida impõe, e segue o caminho para se fortalecer e receber, quem sabe, um dia, o abraço que faz falta… O trauma do dia 26/10/2019 ninguém apagará a nenhum de nós. O resto das divergências fica para segundo plano, quando se trata de salvar a vida de quem se ama. Mas ainda dói, muito!».

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução redes sociais

 

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