Diana Fialho
O trabalho na prisão e a testemunha «imprescindível» que está desaparecida

Nacional

Diana Fialho e Iuri Mata, acusados de matar a professora Amélia Fialho, foram presentes em tribunal. Leia as primeiras declarações dos arguidos

Qua, 10/07/2019 - 10:09

Diana Fialho, de 24 anos, e Iuri Mata, de 27, estiveram presentes, na manhã desta terça-feira, 9 de julho, na sala de audiências do Tribunal de Almada para a segunda audiência do julgamento em que estão acusados de matar Amélia Fialho, de 59 anos, mãe adotiva da arguida. Estão acusados de um crime de homicídio qualificado e de um crime de profanação de cadáver. Na segunda parte desta audiência, Iuri Mata e Diana Fialho prestaram pela primeira vez declarações. Na última sessão, o advogado de Iuri tinha dito que o jovem «não iria depor» por estar sob efeito de medicação.

O advogado de Iuri, Alexandre Martins, tem alegando desde a última sessão que o suspeito da morte de Amélia Fialho não está em condições para depor. «O Iuri não está bem psicologicamente. Nem a data de hoje deve saber dizer», afirmou o advogado. Apesar das alegações da defesa de Iuri, o juiz decidiu abordar o arguido para esclarecer questões que não estavam claras nos relatórios sociais. 

Apoiado sobre o corrimão de madeira que o separava de advogados e juízes, Iuri Mata prestou as primeiras declarações neste julgamento. Com voz grave e pouca entoação, respondeu a algumas questões sobre a bolsa que auferia enquanto era estudante. Disse, hesitante, que não tinha ocupação na prisão e que recebe visitas da mãe, da tia, da avó e de alguns amigos.

Diana Fialho tece tapetes de Arraiolos na prisão

Depois, foi a vez de Diana Fialho. A jovem contou que tem como principal ocupação na prisão de Tires tecer tapetes de Arraiolos. Em março, aceitou fazer um contrato de trabalho – durante a prisão – por não ter outros meios de subsistência. Revelou ainda que foi acompanhada psicologicamente aos 14 anos e aos 18 anos. O primeiro acompanhamento deveu-se à morte da avó materna, mãe de Amélia Fialho. «Sofri muito porque a relação com a minha avó era muito boa. A minha mãe estava sempre a trabalhar e foi com a minha avó que aprendi tudo. Faleceu praticamente na minha mão», disse. Aos 18 anos, Diana recorreu de novo a ajuda psicológica. Não conseguia «terminar os estudos», a mesma razão que levou Iuri Mata a pedir também ajuda. «Na altura não estava a conseguir acabar o curso e tinha a autoestima muito em baixo.»  

Continue a ler este artigo aqui e fique a par de mais pormenores sobre o julgamento e da testemunha «imprescindível» que está desaparecida   

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