Cristiano Ronaldo beija Alana Martina na boca
Será este um ato correto entre pais e filhos? Conheça a resposta de especialistas (Vídeo)

Nacional

Cristiano Ronaldo protagoniza momento amoroso com a filha mais nova, Alana Martina, de apenas um ano.

Ter, 02/04/2019 - 16:10

Cristiano Ronaldo é um pai babado e, acima de tudo, muito dedicado às crianças da família. O craque protagonizou um momento amoroso com a filha mais nova, Alana Martina, de um ano, captado por Georgina Rodríguez.

Nas imagens, CR7 surge a beijar a menina na boca. A espanhola usou a palavra «Amor» para descrever o momento publicado esta terça-feira, dia 2 de abril, na conta de Instagram e que está a derreter os corações dos fãs. Mas será que o jogador tem conhecimento dos riscos que Alana corre com este simples ato de carinho?

Assista ao vídeo na nossa galeria. 

«A carga viral transmitida é maior do que pelo ar»

Este é um dos muitos momentos de carinho que o clã Aveiro partilha nas redes sociais. Mas será que este é um ato correto entre pais e filhos? O site Crescer falou com especialistas.

«Não é correto nem normal», respondeu a pediatra Maria do Céu Machado quando questionada pelo site Crescer sobre um tema que divide muitas opiniões. «Um abraço apertado e um beijo na cara são uma forma de carinho fantástico. O beijo na boca tem uma conotação sexual que a criança só identificará mais tarde, o que pode não ser necessariamente lesivo, mas qual é a necessidade», questiona a presidente do Infarmed.

Sobre os riscos para a saúde das crianças, Maria do Céu Machado enumera alguns. «Em caso de doença infecciosa (herpes labial, constipação, gastroenterite, entre outras) pode ser veículo de infeção mais grave, pois a carga viral transmitida é maior do que pelo ar, especialmente o herpes, que pode ser contagioso em fase muito precoce. E quando os pais são fumadores, há vestígios de nicotina também absorvidos por esta via», alerta.

Já para a pediatra Carla Santos, o beijo na boca de um filho «pode ser considerado uma normal demonstração de carinho». No entanto, deve ser evitado em algumas circunstâncias.

«Se o sistema imunitário da criança ainda for pouco desenvolvido como em idades mais precoces (exemplo nos recém-nascidos) ou comprometido, como em crianças com doenças que cursem com diminuição da imunidade (exemplo doença crónica e/ou imunodepressão) e ainda em circunstâncias em que podem aumentar o risco de doença nos filhos, como quando os pais estão doentes podendo transmitir as doenças aos filhos (muitos vírus e bactérias são transmitidos através da saliva)», explica a especialista, que não aconselha, mas também não condena. «As manifestações de carinho são atos muito pessoais e a sua interpretação depende de muitos fatores entre os quais culturais e familiares.»

«Não censuro os pais que o fazem»

A enfermeira Carmen Ferreira não censura quem o faz, mas reconhece que há riscos, deixando o seu alerta. «Considero que o beijo é uma forma de expressão do nosso carinho e amor e, como tal, não censuro os pais que o fazem, pois é algo até cultural e muito comum em determinadas regiões. Contudo, é preciso entender que o contacto direto com a mucosa da criança pode ser um meio de contacto e passagem de microorganismos, que podem ter impacto na sua saúde, uma vez que a sua imunidade ainda está a ser desenvolvida», salienta a profissional de saúde.

A enfermeira aconselha também a limitar este ato de carinho «em caso dos pais estarem doentes, em bebés recém-nascidos ou até mesmo em casos onde a imunidade ainda não esteja plena.»

«Podem na mesma demonstrar o seu afeto, mas especial atenção se a vossa saúde estiver mais debilitada, de modo a protegerem a do vosso bebé. Caso contrário, é uma opção dos pais que não compromete a nível físico a criança, com a ressalva dos casos que referi anteriormente.»

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Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: reprodução Instagram

  

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