O Governo anunciou este sábado, 9 de janeiro, que existe “grande consenso” em relação ao regresso a um confinamento generalizado, com o objetivo de mitigar a propagação da pandemia no país, e sublinhou que a intenção é decretar as medidas “o mais cedo possível”.
A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que “face aos números que temos verificado, é de facto necessário tomar medidas adicionais”, adiantou em conferência de imprensa.
Apesar do anúncio, a governante não adiantou mais pormenores sobre as medidas que o Governo está a ponderar implementar na renovação do estado de emergência, lembrando que é preciso ouvir os epidemiologistas e especialistas em saúde pública na reunião que vai decorrer na terça-feira nas instalações do Infarmed.
“Ouviremos novamente os especialistas […] para confirmar que os dados que temos nos últimos quatro dias, números na ordem dos 10.000 casos por dia, confirmam esta tendência e quais as medidas mais adequadas a tomar agora”, disse.
Mariana Vieira da Silva referiu ainda que se medidas mais restritivas tivessem sido tomadas há uma semana, teriam sido tomadas “com base em informação incompleta”, razão pela qual é “fundamental ouvir na terça-feira os peritos”.
Questionada sobre a necessidade de apoios para a população na sequência de um novo confinamento geral que, à semelhança do que aconteceu em março e abril de 2020, poderá implicar o encerramento de vários setores de atividade, a ministra respondeu que “desde o início o Governo tem respondido com novas medidas”.
De acordo com o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde, morreram em Portugal 7.701 pessoas dos 476.187 casos de infeção confirmados.
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